A linguagem Matemática com o cotidiano: um jeito matemático de pensar
03/09/2017 às 14:48 Ler na área do assinanteA linguagem Matemática com o cotidiano está em jornais, revistas e panfletos de propaganda. O Relacionamento entre professor e aluno é primordial para um rendimento satisfatório, o que se discute são os enunciados, onde os alunos têm grande dificuldade de interpretar o que está na questão e transformar essa linguagem transcrevendo para o papel na solução de um problema matemático.
O professor licenciado em Matemática deve criar mecanismos capazes de explorar esses materiais auxiliares, mostrando ao aluno a importância da Matemática no dia a dia da sociedade, consistindo numa importante forma de linguagem. A utilização desse tipo de material enfoca os estudos na leitura, interpretação de textos, análise de informações e leitura de gráficos, promovendo uma Matemática interdisciplinar, pois as revistas, jornais e panfletos fornecem textos informativos ligados a diversos assuntos.
Os gráficos contribuem na elaboração de um argumento descritivo e interpretativo, colaborando na organização de dados; se o aluno possui um dinamismo no momento da leitura gráfica, ele consegue criar relações entre os dados informados e a situação abordada. Os panfletos informativos são caracterizados pela utilização da Matemática financeira, por exemplo, os informes de supermercados, papelarias, revendas de carros, lojas de eletrodomésticos entre outros, trazem em seu conteúdo as mercadorias acompanhadas de seu valor comercial. Esse material será introduzido no âmbito escolar a fim de estudar os conceitos percentuais, através da comparação de preços.
Os jornais e as revistas constituem uma fonte de pesquisas textuais, correlacionadas ao contexto matemático atual. A leitura e a interpretação dos artigos auxiliam na resolução dos problemas matemáticos, cooperando na formulação de situações resolutivas e criação de novos problemas.
A linguagem Matemática abordada até o momento é relacionada a materiais concretos. Outro tipo de linguagem é pertinente à interação entre professor e aluno, onde a comunicação verbal é o principal objetivo de um resultado educacional satisfatório. Partindo dessa ideia de ensino por meio da linguagem Matemática, utilizaremos a contextualização e a interdisciplinaridade visando o desenvolvimento de técnicas, competências e habilidades, no intuito de capacitá-lo a compreender e interpretar novas situações.
O jeito matemático de pensar é o tema do livro de Renato J. Costa Valladares, para quem tem dificuldade em Matemática indico este livro para leitura, e compreensão, reflexão sobre a disciplina. Veremos que ela existe para nos ajudar e solucionar problemas que encontramos no cotidiano.
1) Para que serve a Matemática?
2) Por que estudar Matemática?
3) Por que fui obrigada a estudar equações, fórmulas regras e teoremas se nunca usei nada disso na minha vida?
O questionamento é interessante, cabendo a nós, professores de Matemática, dar a resposta, uma vez que “a única pergunta inconveniente é a que nunca foi formulada”?
Dentre as muitas aplicações da Matemática básica destaca-se:
a) O jeito matemático de pensar desenvolve certa sensibilidade, esse jeito de pensar é extremamente importante para quase todo mundo durante toda a vida.
b) Todas as matérias ensinadas em nível elementar e médio visam prioritariamente a formação do cidadão. A Matemática não foge a esta regra. Para atingir este objetivo são desenvolvidos programas nos quais diversos tópicos são ensinados aos alunos. Esses tópicos compõem um conjunto coerente de conhecimentos que se integram de maneira a formar um patrimônio cultural matemático disponível para o cidadão, que se vale dele ao longo de sua vida.
Pode ser dividido em três faces:
· Face prática cálculo do IR; ver se um móvel cabe na casa; orçamento familiar; os conhecimentos usados pelo carpinteiro; comparar valores de compras a vista e a prazo; ...
· Face teórica refere-se aos conteúdos estruturais, a importância e a beleza das teorias e como sementeira desperta nos estudantes a vocação para profissões com base matemática.
· Face cultural ajuda na compreensão dos acontecimentos da vida e ajuda o cidadão a viver melhor. (compreender melhor as notícias que ouve; comunicar-se melhor; interagir com a sociedade).
Os programas que são ensinados aos alunos formam um conjunto de conhecimentos acessíveis que se integram de maneira a formar o patrimônio cultural matemático.
É pouco provável que se possam identificar onde cada item estudado entra na composição desse patrimônio; num certo sentido pode ser comparado a uma casa construída com tijolo, ferro, cimento e outros materiais – quem mora na casa certamente não identifica cada material separadamente. Da mesma forma, a pessoa que adquiriu sua cultura matemática possivelmente não identificará onde equações, logaritmos ou qualquer outro tópico estudado entrou para formar essa cultura, muito embora, tal como o morador da casa ele usa essa cultura.
Este pequeno resumo foi elaborado com idéias tiradas do livro “O jeito matemático de pensar” de Renato J. Costa Valladares, com a colaboração de Assis Bontempo – Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda, 2003.
da Redação