A mulher do povo: A missão não terminou

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Dê uma espiadinha no passado ainda não distante nos assuntos que interessa ao Brasil, é impossível não enxergar Carla Zambelli. A quatorze anos, era quase que obrigatório ao abrir as redes sociais surgir na tela um vídeo da Carla. Nem ela imaginava quão grande se tornaria. Sacudiu o Brasil com os movimentos de rua. Seu grito chegou aos quatro cantos. Do Oiapoque ao Chuí. Não é exagero afirmar que ela foi o combustível para o impeachment da Dilma.

Como reconhecimento da sua ousadia foi eleita deputada federal em 2018. Durante o mandato se mostrou ainda maior que líder dos movimentos e influenciadora digital, o manejo parlamentar fervia seu sangue e além de tudo era fiel a base, resultado: foi reeleita. A segunda mais votada em São Paulo. A terceira do país. O verdadeiro empoderamento feminino.

É lógico que o sistema lutaria para derrubar essa mulher, assim como tem ocorrido com várias lideranças da direita. Sua queda não representa uma simples cassação. É demonstração de poder.

Em 2022, arranjaram o que precisavam. Numa atitude eminentemente em legítima defesa contra um ataque insano, Carla sacou sua arma. No processo aberto contra ela, foi condenada por porte ilegal de armas; ela, apresentou documentos que comprovam: poderia usar a arma naquele dia. Ou seja, mesmo com porte de arma, está sendo condenada por porte ilegal de arma.

A quem interessa tamanho absurdo? Essa jogada pretende anular quase um milhão de votos do povo de São Paulo. Para completar, o ex presidente Bolsonaro afirmou que a atitude da Carla prejudicou a reeleição de 2022, aumentando o fardo que se encontra nos ombros dessa mulher.

Todavia, Carla sabe quem é no cenário político do Brasil. Sabe que não é uma aventureira. A direita reconhece que precisa dela. E, nesse momento então, nunca foi tão importante que se mantenha. Pois é, Carla, nome de origem germânica, o hebraico define seu chamado no significado do seu nome: “Mulher do povo”, guerreira, força não lhe falta. A missão ainda não terminou e a liberdade de expressão, a proteção a democracia, a defesa da CF88 ainda conta com seu grito.

Foto de Josinelio Muniz

Josinelio Muniz

Formado em Teologia pela Faculdade Teológica Logos (FAETEL), matéria em que leciona na Comunidade Internacional da Paz – Porto Velho, RO. Bacharel em Direito pela (UNIRON) e Docente Superior pela (UNINTER).