Pedro Rousseff decidiu, no último domingo (6), 'provar' de uma vez por todas de quem é sobrinho.

O dia 6 de abril foi marcado pelas manifestações na Avenida Paulista, lideradas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em defesa da anistia dos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

O evento, amplamente compartilhado nas redes sociais e com uma presença robusta nas ruas, acabou servindo para confirmar duas verdades que, no fundo, já eram velhas conhecidas:

A primeira é que, apesar da narrativa forçada pela esquerda, a maioria da população não enxerga o 8 de janeiro como um golpe de Estado, tampouco apoia as penas desproporcionais impostas aos envolvidos.

A segunda é que Pedro Rousseff é, sem sombra de dúvida, o legítimo sobrinho de Dilma.

O histórico do rapaz nas redes sociais já era digno de atenção. Não foram poucas as vezes em que usou seu perfil para espalhar desinformação, distorcer fatos ou manipular dados.

Em maio de 2024, durante a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, Pedro afirmou que o governo Lula havia destinado R$ 100 milhões para motoristas de aplicativo afetados pelo desastre. Na realidade, o auxílio foi uma doação da Uber, no valor de R$ 10 milhões, sem qualquer repasse público envolvido.

Ainda em maio, celebrou o crescimento da indústria de carnes processadas como se fosse um avanço no acesso da população à carne fresca.

Para ilustrar, escolheu imagens de cortes nobres, sugerindo fartura. O dado real, no entanto, referia-se ao aumento no consumo de salsicha, mortadela e presunto, alimentos ultraprocessados, mais associados ao câncer do que à prosperidade.

Em dezembro, foi a vez de misturar Benefício de Prestação Continuada (BPC) e reajuste do salário mínimo: afirmou que o presidente Lula havia vetado uma medida que protegeria o BPC para pessoas com deficiência leve, responsabilizando deputados da “extrema-direita”. Nas imagens, colocou rostos conhecidos como Eduardo Bolsonaro, Júlia Zanatta e Nikolas Ferreira.

O detalhe incômodo: o projeto era, na verdade, de autoria do deputado José Guimarães, do PT.

Em janeiro de 2025, voltou à carga, desta vez mirando a Argentina.

Disse que o presidente Javier Milei havia “quebrado” o país, aumentado a pobreza e, diante da fuga em massa de argentinos para o Brasil, começado a construir um muro para impedi-los.

A história era, para variar, falsa. Naquele momento, a pobreza na Argentina estava em queda e o PIB registrava crescimento. 

Todas essas publicações traçam um retrato preocupante de Pedro Rousseff, que, aliás, é vereador em Belo Horizonte.

Seu histórico é tão vasto que, hoje, o que de fato surpreenderia seria vê-lo publicar algo que resistisse a uma checagem de fatos.

Ainda assim, em meio a esse currículo impressionante, Pedro lançou, com notável seriedade, um projeto de “educação anti-fake news” para as escolas municipais de BH — porque, aparentemente, ele acredita mesmo ser uma referência no assunto. E, de certo modo, é. Só que pelo lado oposto.

Mas foi neste domingo que Pedro conseguiu se superar.

Enquanto a manifestação tomava a Avenida Paulista, ele anunciou em seu perfil:

“AGORA: Bolsonaro acaba de subir no palanque e encontra a Paulista Esvaziada!”

Abaixo, uma imagem que se encarregava de desmenti-lo sem esforço.

Talvez por isso o X tenha dispensado a tradicional nota da comunidade. Pedro, afinal, já havia providenciado a autodesmoralização.

Depois dessa publicação, se ainda restava alguma dúvida, agora não resta mais nenhuma: Pedro Rousseff, enfim, provou de vez ser sobrinho da Dilma.

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