O futebol brasileiro perdeu nesta terça-feira uma de suas maiores referências na posição de goleiro. Haílton Corrêa de Arruda, o lendário Manga, faleceu aos 87 anos no Hospital Rio Barra, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ídolo eterno do Botafogo e da Seleção Brasileira reconhecido internacionalmente, ele enfrentava uma longa batalha contra um câncer de próstata.
Manga completaria 88 anos no próximo dia 26 de abril — data que, em sua homenagem, tornou-se o "Dia do Goleiro" no Brasil, refletindo a profunda influência que exerceu sobre a posição. Seu legado transcende clubes e gerações.
No Botafogo, onde atuou entre 1959 e 1968, Manga escreveu uma das páginas mais vitoriosas da história do clube. Disputou 442 partidas e levantou impressionantes 20 troféus, incluindo quatro títulos do Campeonato Carioca (1961, 1962, 1964 e 1966) e três do Torneio Rio-São Paulo (1962, 1964 e 1966). Nenhum outro jogador conquistou tantos títulos com a camisa alvinegra.
Através das redes sociais, o Botafogo prestou tributo ao ídolo:
"É com enorme pesar que comunicamos o falecimento de Haílton Corrêa de Arruda, nosso inesquecível ex-goleiro e ídolo Manga, aos 88 anos, no Hospital Rio Barra. Manga foi um dos maiores goleiros da história do futebol mundial e defendeu nosso Glorioso de 1959 a 1968, tendo integrado dois dos maiores times da nossa história, os bicampeões cariocas de 61/62 e 67/68. Titular da Seleção Brasileira de 66, Manga deixa uma história de defesas inesquecíveis e muito amor pelo Botafogo."
João Paulo de Magalhães Lins, presidente do Botafogo Social, anunciou que o velório será realizado no salão nobre de General Severiano, sede histórica do clube.
“Faremos todas as homenagens a esse gigante de nossa história, que seguirá eternamente vivo em nossos corações”, declarou.
A trajetória de Manga foi internacional. Ele iniciou sua carreira no Sport Club do Recife e passou, além do Botafogo, por clubes como Nacional-URU, Internacional, Coritiba, Grêmio, Operário-MS e Barcelona de Guayaquil, do Equador. Com o Nacional, conquistou a Libertadores e o Mundial Interclubes em 1971, reforçando sua reputação como um dos grandes nomes do futebol sul-americano.
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