Piloto desaparecido após queda de avião é finalmente encontrado

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Após cinco dias desaparecido em plena floresta amazônica, o piloto Igor Alves, de 28 anos, foi encontrado vivo no sábado (5) por garimpeiros que atuam na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

Pilotando sozinho um monomotor Cessna 182 Skylane, Igor havia decolado no dia 31 de março. O voo foi interrompido abruptamente após a queda da aeronave em uma área de mata densa e isolada.

Sem emitir qualquer pedido de socorro, o piloto foi dado como desaparecido quando não chegou ao destino esperado.

As buscas começaram após alerta da família, com mobilização da Força Aérea Brasileira (FAB), que utilizou aeronaves de reconhecimento, e do Corpo de Bombeiros de Roraima. Entretanto, a FAB suspendeu temporariamente as buscas aéreas ao entender que, no local onde o avião foi avistado, não havia “indícios ou vestígios do piloto”.

O avião foi encontrado destruído na floresta, mas as circunstâncias do acidente ainda são investigadas.

Foi apenas no sábado que a notícia finalmente chegou: Igor foi encontrado próximo a um igarapé por garimpeiros. Em vídeo que circulou nas redes sociais, ele aparece emocionado, dentro de uma canoa com cinco homens, enquanto se alimenta.

Igor foi levado até uma comunidade ribeirinha, onde recebeu os primeiros cuidados, e depois transferido para Boa Vista. Apesar do desgaste físico, ele está bem, conforme informado por sua esposa e pelo Corpo de Bombeiros.

O episódio relembra a presença de invasores na Terra Yanomami. Milhares de garimpeiros ocupam a região, comprometendo o acesso dos indígenas a serviços básicos e ameaçando sua segurança.

Organizações como a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e a Hutukara continuam cobrando ações efetivas para a retirada dos invasores, alertando para os riscos de novos episódios de violência e degradação ambiental.

Em nota, a Força Aérea Brasileira destacou as dificuldades enfrentadas nas buscas e defendeu os protocolos adotados, prometendo revisá-los para futuras operações em áreas de selva.

O Ministério da Defesa reafirmou que a Operação Yanomami seguirá ativa, priorizando a inutilização de pistas clandestinas e o desmantelamento de estruturas que dão suporte ao garimpo ilegal.

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da Redação