

“É necessário saber adaptar-se a tudo, a todos os sacrifícios e até, se necessário for, usar vários estratagemas, enganos, procedimentos ilegais, usar o silêncio, a dissimulação da verdade para penetrar nos sindicatos, permanecer neles, desenvolver neles a qualquer custo o embrião comunista”. (Lênin).
A Bíblia nos conta “A Parábola do Semeador” através dos evangelhos de Mateus 13:1- 9, Marcos 4:3-9 e Lucas 8:4-8. Nela Jesus ensina aos homens, através dessa pequena narrativa e usando linguagem figurada, conceitos morais que trazem ensinamentos de vida correta. Eis o Evangelho de Marcos:
- “Ouvi. O semeador saiu a semear; quando semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, e vieram as aves e comeram-na. Outra parte caiu nos lugares pedregosos, onde não havia muita terra; logo nasceu, porque a terra não era profunda, e tendo saído o sol, queimou-se; e porque não tinha raiz, secou-se. Outra caiu entre os espinhos; e os espinhos cresceram, e sufocaram-na, e não deu fruto algum. Mas outras caíram na boa terra e, brotando e crescendo, davam fruto, um grão produzia trinta, outro sessenta e outro cem. Disse: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. (Marcos 4: 3 - 9).
Segundo os evangelhos, o próprio Jesus explica a parábola:
“O semeador semeia a palavra. Os que se acham pelo caminho, onde a palavra é semeada, são aqueles, de quem, depois de a terem ouvido, vindo logo Satanás, tira a palavra que neles tem sido semeada. Igualmente os semeados nos lugares pedregosos são aqueles que, ouvindo a palavra, imediatamente a recebem com alegria; eles não têm em si raiz, mas duram pouco tempo; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, e os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e a cobiça de outras coisas, entrando, abafam a palavra, e ela fica infrutífera. Os semeados na boa terra são os que ouvem a palavra e a recebem, e produzem fruto, a trinta, a sessenta e a cem por um”. (Marcos 4: 14 - 20).
Notem a atualidade da comunicação de Jesus: semear palavras! Sim, é isso que se faz nos dias de hoje através da internet. Todos os que se conectam semeiam palavras. Algumas boas, outras sem qualquer importância e algumas carregadas de maldade. Elas vêm, na maioria das manifestações, acompanhadas de imagens fortes.
Semear palavras.
- “O inferno seria o paraíso para mim. Toda a minha vida estive com os que não têm. Por aqui, se você não tem, está com pouco dinheiro. Se você não tem no inferno, você está carente de virtude. Assim que entrar no inferno, começarei a organizar os despossuídos de lá”.
Estas palavras são de Saul Alinski. Provavelmente você nunca ouviu falar dele. Muito menos os professores de 1º e 2º graus que lobotomizam os alunos repetindo a ideologia petista de que Lula, o descondenado-semi-analfabeto, é o “pai dos pobres” porque não se instruiu adequadamente, pertence ao grupo dos descamisados e esse fato é suficiente para dotá-lo de todas as qualidades de um chefe de Estado. Atributos estes que nunca possuiu, pois todas estas características são adquiridas através de estudos sérios, assim como conceitos morais.
“Regras para radicais” é a principal obra de Saul Alinsky, que também é um semeador de palavras. Antes de se tornar semeador de palavras, Saul Alinski ouviu as palavras de Cristo: “O semeador semeia a palavra. Os que se acham pelo caminho, onde a palavra é semeada, são aqueles, de quem, depois de a terem ouvido, vindo logo Satanás, tira a palavra que neles tem sido semeada”.
Satanás, fantasiado de pássaro comeu a boa palavra, (parte das sementes que caíram à beira do caminho). Satanás substituiu as palavras de Cristo e deu outras a Saul Alinski.
Então, no começo da década de 1970, ele publicou o livro, que somente em 2024 foi publicado no Brasil, intitulado “Regras Para Radicais: Guia Prático Para a Luta Social”.
A arte da polarização que os “canhotas” passam o tempo exercitando? A orientação está no livro. Ridicularização de oponentes? Armadilhas de todas as espécies para adversários de qualquer tipo? Criação de Ongs? A substituição da palavra favela por “comunidades”? Minorias? Negros? Índios? Vitimismo? Despossuídos? Criminosos e suas táticas? Cuidado com os pobres? Rebeldia, liberdade sexual, revolução de gênero? Tudo está no manual publicado por Alinski.
É um livro amoral.
Saul Alinsky foi um agitador social, líder comunitário e radical da esquerda. Ele desenvolveu e colocou em prática muitas táticas subversivas usando os excluídos e a classe média, que tinham como objetivo dividir e controlar a sociedade americana da época. Muitas dessas estratégias são replicadas por ativistas, militantes, milícias digitais e grupos contemporâneos revolucionários inspirados por seu livro Regras para radicais.
Hoje, ativistas de toda terra utilizam os princípios teóricos e políticos de Alinski, que vão do movimento de organização das comunidades, em especial as urbanas, as ideias e orientações para mudanças sociais a partir de construções coletivas, além de abordar os princípios organizativos e de formação de lideranças populares.
Para que você tenha ideia da fama e da influencia de Alinski:
- Um artigo da Revista Time publicado em 1970 avaliou que "não seria exagero argumentar que a democracia americana vem sendo alterada pelas ideias de Alinsky".
- O autor conservador William F. Buckley Jr. afirmou em 1966 que Alinsky "estava muito próximo de ser um gênio organizacional".
- Em 1969, Hillary Rodham Clinton escreveu uma tese de 92 páginas para Wellesley College sobre o ativista político, Saul Alinsky, intitulado "Há apenas a luta… Uma análise do modelo de Alinsky".
Sim, amigos, os queridinhos da mídia Hillary Clinton e Barack Obama, o homem de cor bonzinho, o tinham como ídolo e seguiam todas as instruções do manual de Saul Alinskin, assim como ele influenciou, na atualidade, o comportamento dos membros do partido democrata americano. De orientação esquerdista, porém, não alinhado, era contra o sistema capitalista americano, que julgava injusto. Fundou ONGs de orientação “comunitária” nos EUA. Teve contatos pessoais com Hillary Clinton, a qual escreveu uma monografia sobre seus métodos. Barack Obama atuou como advogado em uma organização que ele ajudou a fundar e que se orientava por suas táticas (ACORN - Association of Community Organizations for Reform Now).
Saul Alinsky morreu com 63 anos, vítima de um ataque cardíaco perto de casa em Carmel, Califórnia, em 12 de junho de 1972. Foi cremado na mesma cidade. Ele nasceu em Chicago, em 30 de janeiro de 1909 e é geralmente classificado como o pai dos métodos modernos de organização comunitária.
Na faculdade de sociologia Alinsky, pesquisou sobre os fatores sociais que levavam ao alcoolismo, à prostituição, à pobreza e à delinquência. Ele viveu em plena Lei Seca americana e conviveu com as gangues, como a de Al Capone. Em longa entrevista publicada na edição de março de 1972 da revista Playboy, disse Alinsky:
Playboy: - Você não teve nenhum escrúpulo em se associar com assassinos?
Alinski: - Nenhum já que não havia nada que eu pudesse fazer para impedi-los de matar, praticamente tudo feito dentro da família. Eu era um observador não - participante de suas atividades profissionais, embora participasse de sua vida social da comida, bebida e mulheres: Rapaz, eu com certeza participei desse lado das coisas - foi o paraíso. E deixe-me dizer-lhe uma coisa, eu aprendi muito sobre os usos e abusos do poder da máfia, lições que me ajudaram mais tarde, quando eu estava organizando...
Notem a falta de escrúpulos. De dever, de senso moral. E ele continua:
- “Outra coisa que você precisa lembrar sobre Capone é que ele não surgiu do vácuo. A gangue Capone era na verdade uma empresa de utilidade pública; fornecia o que as pessoas queriam e exigiam.
O homem da rua queria garotas: Capone lhe deu garotas. Ele queria bebida durante a Lei Seca: Capone lhe deu bebida. Ele queria apostar em um cavalo: Capone o deixou apostar. Tudo funcionava de acordo com as velhas leis de oferta e demanda, e se não houvesse pessoas que quisessem os serviços prestados pelos gângsteres, os gângsteres não estariam no negócio. Todos possuíam ações da máfia de Capone; de certa forma, ele era um benfeitor público. Lembro-me de uma vez em que ele chegou ao seu camarote no Dyche Stadium para um jogo de futebol do Noroeste no Dia dos Escoteiros e 8.000 escoteiros se levantaram nas arquibancadas e gritaram em cadência:
Sim, sim, Big Al. Sim, sim, Grande Al”.
E foi com este homem que exaltava Al Capone que Hillary Clinton, Barack Obama e todos os partidos de esquerda compartilharam, seguiram e seguem suas ideias até os dias de hoje. Dizer que Al Capone era uma empresa de utilidade pública lembra os bandidos do PCC que dominam as favelas brasileiras, todos apoiados por partidos de esquerda, que fornecem de Tv a Cabo a gás de cozinha, de suprimentos para mercadinhos roubados em caminhões de entrega, até remédios em farmácia, além de taxa de proteção.
Esse personagem pérfido, sórdido, descarado, abominável, cínico, repassou todas as suas características aos seguidores esquerdista do século XXI.
Ele semeou apenas ódio e seus imitadores petistas, no Brasil, que foram perdoados, anistiados, por seus crimes de assaltos a bancos e mortes durante o regime militar de 64, hoje gritam: - “Sem anistia!”
Finalizo com as palavras de Alinski no inicio de seu livro “Regras Para Radicais: Guia Prático Para a Luta Social”, onde ele afirma que o primeiro radical foi o Demônio. Ficando claro que todos aqueles que seguirem suas regras abraçarão sem pestanejar os princípios do Capeta, semearão ódio, dor e destruição em busca de um reino e tudo será dissimulado pelos discursos de amor, de reconstrução, de uma vida bela e cheia de paz:
- “O primeiro e verdadeiro radical conhecido pelo homem, que se rebelou contra a ordem estabelecida e fez isso com sucesso o bastante para ter seu próprio reino, foi Lúcifer.” (Saul David Alinsky - 1909 – 1972).
Bom final de semana a todos.
Carlos Sampaio
Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)