
O medo: Ninguém mais quer correr o risco de se tornar um perseguido político
31/03/2025 às 13:00 Ler na área do assinante
Segundo os dicionários, o medo é o temor, a ansiedade irracional ou fundamentada, o receio. Para a psicologia, é um estado afetivo suscitado pela consciência do perigo ou quando nos sentimos ameaçados. Isso é o medo, uma sensação desagradável desencadeada pela percepção de perigo, real ou imaginário.
Assim vive o povo brasileiro desde as últimas eleições presidenciais: com medo!
Essa foi a tática para que o povo aceitasse o resultado das urnas e do processo eleitoral do pleito de 2022 – a imposição do medo – e deu certo. Prenderam as lideranças da direita e o resto do povo se intimidou.
Todos os presos políticos do 8 de janeiro serão condenados a penas altíssimas – é como se impõe o terror. É assim que eles ameaçam o resto do povo. Esse é o destino de quem luta contra o sistema, avisa o STF a toda a nação.
Se prenderem Bolsonaro, será por essa mesma razão também – a política do medo.
O medo é o principal elemento de controle social para a imposição da ditadura do consórcio PT/STF.
A pandemia foi, na verdade, um tubo de ensaio em que a sociedade brasileira foi testada exaustivamente. Viram que o céu é o limite – podem impor o que quiserem. Acabou a cidadania, a dignidade e a liberdade. Ninguém quer correr o risco de se tornar um perseguido político.
O pavor é tanto que muitos patriotas ficam com receio de comparecerem nas mega manifestações da Paulista ou da Praia de Copacabana, porque podem ser identificados como militantes da direita se a situação se agravar, num futuro próximo. Vejam o pavor desse povo...
Não é para menos, pois o plano vem sendo colocado em prática da maneira mais cruel possível, através de penas exacerbadas e processos eivados de nulidades, ilegalidades e perseguições desfundadas. É natural que o brasileiro se sinta intimidado, constrangido a praticar qualquer ato contra os interesses dos ditadores, sob pena de serem os próximos a passarem pelo crivo das perseguições da PF, do Judiciário ou do Executivo Federal.
Todos nós já conhecemos através de verdadeiros show midiáticos, os dissabores de ter uma Polícia Federal invadindo a sua casa às 6 da manhã, manuseando e/ou pisoteando as calcinhas da sua esposa ou da sua filha, realizando pesca probatória. A imprensa, cúmplice do consórcio e da imposição do plano de poder, trata de disseminar a política do medo.
Macabro mesmo é saber que, por trás de tudo isso, no comando da nave, está o crime organizado. Isso que é o pior. O Brasil virou um narco-estado.
A política do terror é implacável – é compreensível que o pai de família não queira se expor. Porém, existe uma pequena parcela da sociedade que se acovardou e para essas criaturas não existe perdão: são os operadores do Direito. Sejam advogados, juízes, promotores, serventuários da Justiça, professores universitários e por aí vai – todos omissos. Uma vergonha!
São muitas as ilegalidades cometidas em nome de se salvaguardar a democracia. Foi uma escalada de arbitrariedades – e todos calados.
Os operadores do Direito são os primeiros a detectarem e a sociedade espera que sejam os primeiros a denunciarem os atentados à democracia – o que nunca ocorreu.
É o medo.
Essa política do pavor funcionou muito bem até agora porque as autoridades atuaram com um vigor absoluto. Contudo, o povo está como uma panela de pressão que pode explodir a qualquer momento.
Caminhamos para uma eleição em 2026 que utilizará a mesma urna eletrônica de 2022, pasme! O povo aceitará, pacificamente, ser enganado mais uma vez?
Especial atenção devemos ter para as eleições dos senadores, pois são eles que blindam os ministros do STF. Essas urnas se tornam muito perigosas se não são auditáveis e perpetuam o poder na Suprema Corte.
Acorda Brasil !!! Queremos urnas eletrônicas auditáveis com voto impresso em 2026 !!!
Carlos Fernando Maggiolo
Advogado criminalista e professor de Direito Penal. Crítico político e de segurança pública. Presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ.