Gaeco prende presidente do Detran e mais 11 e o agilíssimo TJMS solta no mesmo dia
30/08/2017 às 05:34 Ler na área do assinanteNesta terça-feira (29), O Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MS) deflagrou a Operação Antivírus, dando cumprimento a 9 mandados de prisão preventiva e 3 mandados de prisão temporária, além de 29 mandados de busca e apreensão.
A operação foi iniciada há mais de 2 anos, tendo como foco a apuração de uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. E como objeto das investigações contratos celebrados entre empresas da área de tecnologia da informação/informática e o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Toda a cúpula do Detran/MS foi presa preventivamente, pois segundo entendimento do magistrado que determinou a medida, uma vez soltos poderiam influenciar nas investigações ou obstruir a Justiça.
Demorou apenas algumas horas para que um desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul analisasse o processo e concedesse Habeas Corpus em favor das seguintes pessoas: Gerson Claro (diretor-presidente do Detran/MS), Donizete Aparecido da Silva (diretor adjunto), Gerson Tomi (diretor de tecnologia da informação), Érico Mendonça (chefe de departamento), Luiz Alberto de Oliveira Azevedo (servidor público estadual lotado na Secretaria de Governo), Jonas Schmidt (sócio da empresa Digitho Brasil) e seu secretário Claudinei Martins Rômulo.
A decisão observou algumas medidas preventivas como o comparecimento periódico em juízo e o afastamento do serviço público, além da proibição de que mantenham contato com os funcionários do órgão.
Ora, era justamente para evitar que as medidas determinadas pelo desembargador ocorressem, que foram expedidos os mandados de prisão.
Com toda a turma solta, será difícil controlar.