

Após ter a prisão domiciliar concedida, Débora Rodrigues dos Santos, de 39 anos, deixou o Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro, no interior de São Paulo, na noite desta sexta-feira (28), e já está em sua casa em Paulínia, também no interior do estado. Débora foi detida por ter pichado com batom a estátua “A Justiça” durante os atos do 8 de Janeiro.
O jornalista Cláudio Dantas publicou em seu site uma carta para Débora, onde expõe o sentimento de milhões de brasileiros.
O texto já viralizou nas redes sociais.
Transcrevemos:
“Minha cara Débora Rodrigues, eu gostaria de pegar em suas mãos e dizer ‘sinto muito’.
Sinto por você ter sido arrastada para esse covil de ladrões e canalhas que virou a política no Brasil, sinto por você ter sido ludibriada pela chance de uma mudança que não virá tão cedo, sinto por você ter sido erguida até o colo da estátua da Justiça e levada a escrever, com seu batom, a frase ‘Perdeu, Mané’ que nos pegou de surpresa, nos tirou a cidadania, a democracia e a vida.
Eu sei que você, Débora, já deve ter ouvido outras vezes essa mesma frase, dita da boca de algum criminoso num ponto de ônibus, na saída do banco, na porta de casa, na blitz forjada. Mas nunca, nunca da boca de um ministro da mais alta corte do país. Perdemos, todos, Débora. Somos todos manés!
Somos manés, por que nos acostumamos a chamar autoridade pública de doutor, nos acostumamos a aceitar seus privilégios autoconcedidos, suas gratificações, licenças remuneradas, milhões, bilhões de penduricalhos. Cada vez menos pendurados e mais consolidados.
Somos todos manés, pois assistimos atônitos a Lava Jato ser desmontada e seus integrantes serem chamados de criminosos e corruptos; somos manés, Débora, pois deixamos a vida ser dessacralizada, nossas crianças serem violentadas, emocional e fisicamente. Assistimos atônitos nossas terras serem invadidas, nossos bens expropriados.
Permitimos sem questionar que nossos jovens se formem sem saber interpretar um texto, ou mesmo somar, subtrair, multiplicar e dividir. Sem saber multiplicar nossos esforços, deixamos que nos dividam, subtraindo nossa energia mental, nossa saúde. Somos manés, pois nos deixamos governar por quem quer nos destruir.
Comemos poeira enquanto vemos nosso dinheiro desviado para obras em outros países. Morremos na fila dos hospitais, enquanto estádios de futebol são erguidos na base da propina.
Somos tão manés, Debora, que acreditamos nas mesmas promessas de campanha e até mesmo em milagres, como fazer chover picanha e cervejinha. Pedimos intervenção militar, Débora, achando que moralidade se mede nas estrelas dos uniformes bem passados dos generais.
Somos manés a ponto de passarmos dias e noites na porta de quartéis, sob chuva, com nossos filhos e pets. Somos manés por querermos mudar o país de graça, enquanto ongueiros, ativistas, advogados, políticos, jornalistas e até artistas cobram gordos cachês, enchem os bolsos de emendas parlamentares.
Só manés, Débora, acham que um sistema de poder pode ser mudado com um voto, com um discurso, com um dedo em riste, com uma tuitada, pintando uma frase de batom numa estátua.
Sinto muito, Débora, por você ter sido afastada do convívio do Caio e do Rafael, sem poder ajudar o Rafinha na alfabetização, sem vê-lo trocar os dentinhos de leite, por ter perdido dois anos da sua vida – e quantos mais? – que nunca mais voltarão.
Seus filhos choram todos os dias, como todos os filhos desta pátria, nossa mãe gentil escravizada por corsários.
Queria poder pegar em suas mãos, Débora, te abraçar como um parente, um membro da família. Te visitar, tomar um café. Mas Alexandre de Moraes proibiu visitas, te colocou na tornozeleira e só permite o acesso dos advogados. Que, em sua prisão domiciliar, você ao menos possa resgatar parte do tempo perdido longe da família.
Nós estaremos nas ruas, nas redes, em todo lugar, pedindo por sua anistia e de tantos inocentes. Vamos deixar de ser manés, Débora!
E espero, em breve, poder ir à inauguração do seu salão de beleza, nossa doce cabeleireira. Passe aquele batom bem vermelho nos lábios! Vai ser uma festa linda, com certeza. Com pipoqueiro, palhaço, vendedor de picolé. Velhos e crianças brincando. Até o mendigo da esquina, curioso, vai correr lá para ver.”
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