

Sinto-me à vontade para escrever este texto usando os macacos como protagonistas do enredo, pois o risco para confundirem o tema e seus personagens com racismo é mínimo, mesmo assim, pelo momento espiralado de má-fé, policialesco e carregado de estupidez da atualidade, isso não pode ser descartado. O número de canalhas que estão com a cabeça fora d'água é grande.
Primeiro, porque o enredo não guarda a menor similitude entre minha inspiração pessoal e eventual coincidência com narrativas da lacração, contemporâneas ou não. Ou seja, não há qualquer alusão da minha parte, com qualquer tipo de abordagem racista ou coisa que o valha. Segundo, porque AINDA podemos trabalhar com a criatividade e com o livre arbítrio, segundo a democracia plena e constitucional, até segunda ordem. Quem sabe, um Tim Burton da vida não queira desenvolver mais um capítulo na saga da série PLANETA DOS MACACOS.
Bem, dito isso, deixo ao leitor fazer suas considerações e associações entre a estória e a história como melhor convier a cada um. Deixo também para isso, que os personagens apresentados sejam da fantasia e percepção do caro leitor. Tentarei usar o mínimo de texto possível, como uma legenda para cada caracterização dos personagens e suas imagens, que uso.
Cabe a mim, desculpas a todos os primatas pelo atrevimento, pois, certamente, haverá ligações muito ofensivas a eles por causa das inúmeras possibilidades de combinações com gente mau-caráter, encapetada ou com sinais de psicopatia.
Vamos lá:
Às vésperas de grandes acontecimentos e decisões políticas que rondam o mundo dos macacos no Brasil, protagonistas temerários, agora andando sobre ovos, têm que alinhar pensamentos e atitudes para manutenção do sistema que impera. Luzes auspiciosas vindas de fora incomodam.
Por mais que tentem disfarçar, e alguns nem estão mais preocupados com isso, a convocação de representantes de todas as influências foi motivada por conveniências estranhas ao reino republicano.
Há tempos, na república das bananas, a democracia vem sendo solapada, a censura galopa a mil e perseguições políticas vêm sendo executadas. Ou, em outras palavras, o país já vive num sistema autoritário.
Se nada for feito, sabemos onde vamos parar!
Dando continuidade a trama de conspirações, um evento carregado de anormalidades institucionais, começa com o anfitrião. Um jantar, sob pretexto inverossímil, é promovido em sua própria residência.

Chegou a hora! O anfitrião ansioso…

O chefe da segurança de olho em todos os movimentos.

Do lado de fora, segurança reforçada.

O serviço de comunicação está atento ao vazamento de informações.

O recepcionista já está a postos.

As orientações aos convidados são entregues na entrada.

Chega o primeiro convidado; o homenageado fake.

Muito à vontade, os sete da tropa de choque do anfitrião chegam.

O primeiro deles já chega beliscando seu petisco.

Tem um que não pode ver um microfone…

Tem aquele que anda sempre vestido a caráter.

O que não abre mão do penteado no capricho.

O mais antigo marcou presença.

Imagina se o do bigodinho ia faltar.

Muitos achavam que ele não ia… mas, foi!
Presenças marcantes também foram as importantes autoridades dos poderes do reino que foram participar do conluio, certamente, para dar sua parcela de contribuição.
Da governança executiva, o segundo que ainda espera ser o primeiro, representava o comandante-mor:

Ele é o próprio refrescante em pessoa.
Os que deveriam legislar na república das bananas:

O que não larga o osso…

E um novato de duas caras.
A turminha do pau para toda obra, aquela do puxadinhos, também foi convidada. Num braço, o titular que sujou toda uma carreira. Em outro braço, de dez membros, quase a metade foi:

Que diria, hein?

Alguns cortaram caminho para não se atrasar.
Muitos ficaram de fora…

Alguns estavam indignados…

Outros não estavam entendendo por quê…
Porém, muita gente sabe o que está acontecendo.

Estarrecidos!
Aqui, devidamente apresentados no encontro, os grupinhos logo foram formados para debater os últimos acontecimentos no país.

O anfitrião e seus sete da tropa de choque se alinham.

Numa mesa reservada, segredos são divididos.

Num canto da sala, a fofoca corria solta.
Os garçons, escolhidos a dedo, começam a servir os convidados:

Whisky, só de alta qualidade.
Os sigilosos assuntos mexiam com os nervos de muitos convidados. O anfitrião não media palavras para expor seus objetivos.

Todos atentos à palestra do anfitrião.

Uns ainda tinham capacidade de espanto com o que vem por aí…

Outros, nem tanto.
Com o banquete servido, todos à mesa.

Matando a fome…

A turma da faxina vai ter trabalho.
A certa altura do encontro, já tinha virado festa. Bebidas alcoólicas já faziam efeito em vários convidados.

Uns riam sem parar.

Outros perdiam a compostura.

Fim de festa para alguns.
Apesar de todos os cuidados, vazou uma informação altamente perigosa. No evento foi apresentada uma imagem com o objetivo maior do encontro. A imagem caiu nas redes sociais:

Quem seria o alvo?
O temor pela reação popular pode ser um pesadelo para os membros do sistema?

Tem gente em alerta?

Ops!
Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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