Às vésperas do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode torná-lo réu por uma suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro intensifica sua estratégia de mobilização popular. O objetivo central é pressionar por anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Desde que deixou o cargo, Bolsonaro já realizou quatro grandes manifestações em São Paulo e no Rio de Janeiro. Agora, ele pretende expandir esses eventos para o Nordeste, tradicional reduto eleitoral do presidente Lula. No último ato, realizado em Copacabana no dia 16, o ex-presidente anunciou uma nova manifestação na Avenida Paulista para 6 de abril, além de planos para eventos em outras capitais, com Aracaju, em Sergipe, sendo um dos possíveis destinos iniciais.

A intensificação desses atos ocorre em meio ao julgamento, marcado para os dias 25 e 26 de março, no qual o STF analisará a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro. O ex-presidente é acusado de cinco crimes, que juntos podem resultar em penas de até 40 anos de prisão.

Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que, independentemente do resultado do julgamento, seu pai manterá a agenda de viagens e eventos.

“A mensagem que leva é exatamente essa: Bolsonaro é perseguido por não ter feito nada, e vai repercutir isso para as pessoas do Nordeste”, declarou.

Segundo ele, além da presença física dos apoiadores nos atos, as transmissões online alcançam milhões de espectadores, ampliando a repercussão das manifestações.

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