Trump enquadra e corta US$ 175 milhões de universidade por motivo inacreditável

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Desde que assumiu a presidência, Donald Trump vem demonstrando ao mundo uma nova postura em seu governo: firme e imponente.

Prova disso é o recorde histórico quebrado durante esse período, com quase 100 decretos executivos assinados apenas nas primeiras semanas.

Entre essas ordens, uma das mais polêmicas impede que pessoas designadas biologicamente como do sexo masculino ao nascer participem de competições femininas.

Apesar da postura incisiva do novo presidente, ainda há aqueles que duvidam da aplicação real dessas determinações, acreditando que se trata apenas de uma estratégia política, que, na prática, não será implementada. 

Um exemplo claro dessa resistência veio da Universidade da Pensilvânia (UPenn), que decidiu desafiar diretamente a ordem presidencial.

Em vez de acatar a nova diretriz, a instituição optou por manter sua política interna, permitindo que atletas trans continuassem disputando competições universitárias representando a universidade.

Infelizmente para UPenn, Donald Trump não estava blefando. 

Trump respondeu com o congelamento de US$ 175 milhões em verbas federais destinadas à UPenn, representando cerca de um quinto do financiamento federal da universidade. No ano anterior, a instituição havia recebido US$ 1 bilhão em recursos públicos. 

Além disso, a escolha da data para o anúncio do bloqueio não foi aleatória: em 19 de março de 2025, exatamente três anos antes, uma atleta trans conquistou, pela primeira vez, um título na primeira divisão da NCAA (Associação Atlética Universitária Nacional). 

Coincidentemente, essa vitória ocorreu justamente sob a bandeira da Universidade da Pensilvânia, reforçando o caráter simbólico da medida adotada pelo governo.

A repercussão do caso levou ex-atletas da universidade a tomarem uma atitude. Grace Estabrook, Margot Kaczorowski e Ellen Holmquist, que no mês passado entraram com um processo federal contra a UPenn, alegando terem sido forçadas a competir contra uma atleta trans. Após os acontecimentos desta quarta-feira, elas declararam:  

“Estamos muito felizes que as universidades estejam começando a reconhecer que há um custo em prejudicar abertamente alunas em seus campus, e esperamos que a pressão só aumente”.

E acrescentaram: 

“Penn e outras universidades da NCAA, seguindo a política da organização e suas próprias lideranças irresponsáveis, violaram a legislação federal e prejudicaram as mulheres.
Elas conscientemente roubaram oportunidades e premiações femininas, colocaram alunas em risco físico e facilitaram o assédio sexual de atletas universitárias.”

Além da Universidade da Pensilvânia, outras instituições também estão na mira das investigações federais. 

A Universidade Estadual de San Jose, por exemplo, está sob escrutínio do Departamento de Educação por possíveis violações ao Título IX, após permitir que uma atleta trans competisse em sua equipe feminina de vôlei. A Associação Atlética Interestadual de Massachusetts também pode ter infringido a legislação federal. 

O governo Trump tem ampliado as investigações para outras universidades, incluindo algumas no estado do Maine. Durante uma reunião de governadores na Casa Branca, Trump deixou claro que as instituições que não seguirem as novas regras poderão perder financiamento federal. A governadora democrata Janet Mills se posicionou contra a medida e afirmou que pretende levar a questão à Justiça.

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