Dono de famosa marca de refrigerante é condenado a mais de 16 anos de prisão

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O empresário Laerte Codonho, fundador da fabricante de refrigerantes Dolly, foi condenado pela Justiça de São Paulo a 16 anos e dois meses de prisão. A sentença, assinada pelo juiz Djalma Moreira Gomes Junior, da Comarca de Itapecerica da Serra, foi publicada na última quinta-feira (13) e inclui crimes ambientais, corrupção de policiais e falsificação de documentos.

Codonho deverá cumprir 11 anos e quatro meses de reclusão em regime fechado, além de mais quatro anos e dez meses de detenção em regime semiaberto. Além da pena de prisão, foi condenado a pagar aproximadamente R$ 570 mil em multas. Outras sete pessoas também foram sentenciadas no caso. A defesa ainda pode recorrer da decisão.

Desmatamento ilegal e pagamento de propina

A condenação é resultado de uma denúncia do Ministério Público de São Paulo apresentada em 2019. Segundo a promotoria, entre 2014 e 2016, Codonho e seus colaboradores desmataram mais de cinco hectares de área protegida em São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo, sem autorização ambiental. O objetivo seria a extração e o envase de água mineral para fins comerciais.

Além do crime ambiental, a investigação apontou que o empresário pagou propina a policiais civis e ao então diretor de obras do município para evitar penalizações pelo desmatamento ilegal.

Na sentença, o juiz destacou que Codonho era o líder do esquema criminoso e que seus subordinados agiam sob suas ordens.

“Diante da sua condição de ‘cabeça’ do esquema, sua culpabilidade é mais exacerbada que a dos demais acusados, pois detinha o controle final dos atos e poderia, com um simples comando, cessar todas as condutas criminosas”, escreveu o magistrado.

Defesa contesta condenação

Codonho nega as acusações e afirmou à Folha de S.Paulo que a sentença será anulada.

“Essa decisão é tão absurda que vai ser toda anulada”, declarou.

Ele também contesta a acusação de corrupção e alega que seu celular foi periciado pelo Ministério Público sem que fossem encontradas provas contra ele.

Quanto ao crime ambiental, Codonho afirma que, ao adquirir o terreno, já havia permissão para a construção de um galpão na área em questão.

O empresário já havia sido preso em 2018 durante as investigações sobre o caso. A defesa confirmou que recorrerá da decisão.

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