Pastel de vento: O acordo de “cessar-fogo” aceito pela Ucrânia não passa disso...

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No comunicado conjunto após o fim da reunião (aqui: https://tinyurl.com/2p369ajx), a Ucrânia aceita o cessar-fogo, sujeito à aceitação da Rússia, enquanto os EUA retornam com o fornecimento de inteligência para o exército ucraniano. Isso é o que importa de todo o palavreado.

Alguém poderá dizer que Zelensky desistiu da exigência de “garantias de segurança” para o seu país, o que significa o ingresso na OTAN. No entanto, essa exigência faz sentido em um acordo definitivo de paz. Por ora, trata-se apenas de um cessar-fogo de 30 dias, e para isso, a volta do suporte americano é suficiente.

Os russos vão aceitar os termos, como aceitaram todos os outros acordos de cessar-fogo desde 2014. Ainda mais agora, que oficialmente anexaram partes do país. Do ponto de vista tático, esse acordo interessa mais aos russos do que aos ucranianos, dada a sua atual posição.

Essa trégua interessa sobretudo a Trump, que precisa mostrar algo, qualquer coisa, a seu público interno. Afinal, ele prometeu acabar com a guerra em 24 horas. Com o recuo tático da Ucrânia, ele pode demonstrar que seus métodos funcionam. A nota tragicômica do comunicado é o parágrafo em que Zelensky “reitera a gratidão do povo ucraniano ao presidente Trump”, talvez a principal condição exigida pela delegação americana. Patético.

A paz definitiva na região é tão provável quanto a paz entre Israel e o Hamas. Assim como para o Hamas não existe hipótese de Israel continuar existindo como país naquele pedaço de terra, para Putin não existe hipótese de a Ucrânia continuar existindo como país independente. Por isso, um acordo “territórios por paz” não funcionaria, assim como não funcionou no Oriente Médio. Putin não quer territórios, ainda que este seja um objetivo tático. Putin quer a submissão da Ucrânia inteira, assim como fez com a Bielorrússia.

Donald Trump, se quiser realmente acabar com a guerra, precisa convencer os ucranianos e o mundo ocidental de que é preciso que o Donbas e a Crimeia sejam reconhecidos como território russo, e convencer Putin de que o restante da Ucrânia precisa ficar sob o guarda-chuva da OTAN. Boa sorte.

Marcelo Guterman. Engenheiro de Produção pela Escola Politécnica da USP e mestre em Economia e Finanças pelo Insper.

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