Campo Grande, a vergonha nacional e as opções do Poder Judiciário
O que foi mostrado ontem (18) pelo programa
18/05/2015 às 09:41 Ler na área do assinanteO processo que a Justiça move contra Gilmar Olarte é extenso, são mais de dez volumes e oito mil gravações, farto conjunto probante no sentido de demonstrar que o acusado é protagonista de um golpe político sem precedentes, onde utilizou da boa fé das pessoas, dinheiro e cumplicidade de vereadores corruptos, além da complacência do Poder Judiciário, para derrubar um prefeito eleito com quase 63 por cento dos votos da população, a maior votação obtida por um candidato na história da cidade.
O que foi mostrado ontem (18) pelo programa "Fantástico" da Rede Globo é desmoralizante.
A Capital de Mato Grosso do Sul é motivo de "chacota" em todo o país. Até o apresentador Faustão, tirou a sua "casquinha". Uma comédia de péssimo gosto para todos os campo-grandenses.
O ponto mais angustiante da questão, prende-se ao fato que, não obstante a matéria veiculada enlamear ainda mais a sociedade de Mato Grosso do Sul, não mostrou os pontos mais contundentes de tudo que foi apurado pela polícia, a motivação da conduta criminosa do pastor, as implicações do caso com a prática de pedofilia, a participação dos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande e a passividade do Poder Judiciário.
De qualquer forma, o Brasil já sabe que Campo Grande está sendo administrada por um sujeito desqualificado, criminoso e mentiroso. Neste ponto a reportagem não deixou dúvidas, foi certeira.
A situação atual de Campo Grande é a seguinte: De um lado temos o prefeito eleito em 2012, Alcides Bernal, cassado numa evidente trama maquiavélica arquitetada pelo seu vice e pela Câmara Municipal, que tem como única decisão judicial sobre o caso, a antecipação da tutela concedida por um Magistrado, que em sua decisão não viu qualquer motivação ilícita para a cassação perpetrada contra o prefeito, que vinha administrando a cidade com eficiência, fazendo economia, com um caixa positivo de quase setecentos milhões de reais.
De outro lado, temos um pastor, estelionatário, com inúmeras gravações realizadas com autorização judicial evidenciando sua conduta ilícita, que está literalmente quebrando a cidade, não cumprindo acordos com servidores, cortando gratificações, surrupiando conquistas, propiciando descontentamento generalizado, greves e uma completa balburdia administrativa.
Qual é a opção mais justa para a Justiça?
José Tolentino
Editor do Jornal da Cidade
José Tolentino
Jornalista. Editor do Jornal da Cidade Online.