Em nome da paz, Trump age e deixa Zelenski sem alternativas

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Os EUA suspenderam toda a ajuda militar à Ucrânia. A ordem de Trump, executada por Pete Hegseth, paralisa armas em trânsito e todo o pacote militar até que Kiev prove seu compromisso com a paz.

J.D. Vance, aposta que Zelensky acabará cedendo às negociações com a Rússia. "Ele não está pronto agora, mas vai precisar estar. A porta está aberta, desde que ele leve a sério." Trump, por sua vez, reforça a urgência: "Rússia e Ucrânia querem um acordo. Se não o fizerem, a situação não se sustenta.”

Em Londres, Zelensky rejeitou concessões: “Jamais reconheceremos territórios ocupados como russos." Pressionado, recuou no X: "Quero uma paz real e conto com os EUA." A Rússia, por outro lado, mantém o ceticismo. "Ele não quer paz", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin. Enquanto isso, Washington dá sinais de distensão com Moscou, aliviando sanções e reduzindo operações de espionagem.

Trump decidirá o futuro da ajuda à Ucrânia em breve, com Marco Rubio e Pete Hegseth. "Tudo muda rápido", disse ele, prometendo detalhes no discurso do Estado da União. "O acordo dos minerais não morreu." A mensagem de Trump é clara: ou Zelensky busca a paz, ou o apoio americano acaba.

Enquanto isso, a União Europeia reage à incerteza com um plano ambicioso: 800 bilhões de euros para defesa. "Nossa segurança está em risco", disse Ursula Von der Leyen, em pronunciamento à imprensa nesta terça-feira, 04 de março. O projeto, batizado de "Rearmar a Europa", busca fortalecer o bloco.

A União Europeia globalista vira as costas aos EUA e à paz que protegeria o Ocidente. Em vez de união, escolhe um caminho perigoso — um castelo de cartas que não vai salvar ninguém, muito menos trazer estabilidade, enquanto se afasta do maior aliado que já teve.

O tratado de paz deve começar com o fundamental: pôr fim ao massacre. Até 1º de novembro de 2024, as perdas russas em combate já somavam 696.410 homens, enquanto milhares de ucranianos também perderam a vida. A história determinará a verdade sobre o que aconteceu em 24 de fevereiro de 2022. O que importa agora, para nós – e para o mundo –, é impedir que mais vidas sejam sacrificadas antes que seja tarde demais.

Karina Michelin. Jornalista.

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