O rapper Oruam foi detido em flagrante nesta quarta-feira (26) no Rio de Janeiro após policiais encontrarem em sua residência o traficante Yuri Pereira Gonçalves, procurado por envolvimento com organização criminosa. A operação tinha Oruam como alvo.

Essa prisão não está relacionada à detenção ocorrida na semana passada, quando o artista foi flagrado realizando manobras perigosas com um veículo na Barra da Tijuca. Naquela ocasião, ele pagou fiança e foi liberado, anunciando posteriormente o lançamento de seu álbum "Liberdade".

Além disso, Oruam já era investigado por um incidente ocorrido no final do ano passado, quando realizou disparos aleatórios dentro de um condomínio em Igaratá (SP). Segundo a polícia, ele foi indiciado por disparo de arma de fogo, colocando em risco a segurança dos moradores.

A Justiça de Santa Isabel (SP) expediu mandados de busca e apreensão, que foram cumpridos pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) tanto na residência do rapper quanto na de sua mãe, Márcia Nepomuceno. Durante as buscas, a polícia encontrou uma pistola 9 mm na casa de Oruam, embora ainda não tenha sido confirmado se essa foi a arma utilizada no crime de São Paulo. Outros armamentos, como réplicas e armas de airsoft, também foram apreendidos.

Oruam foi enquadrado pelo crime de favorecimento pessoal, por ter auxiliado um foragido da Justiça a se esconder. A descoberta de Yuri na mansão do rapper ocorreu de forma inesperada durante a ação policial.

Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, nome verdadeiro do artista, é filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, preso desde 1996. Apesar de nunca terem convivido fora da cadeia, Oruam possui uma tatuagem em homenagem ao pai e ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

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