Desembargador expõe injustamente advogada ao ridículo (veja o vídeo)
20/08/2017 às 04:17 Ler na área do assinanteEm meio a tantos problemas que rondam o Brasil e diante de tantas denúncias de corrupção e outras práticas ilícitas que atingem os três poderes da República, um desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do Estado de Goiás (TRT da 18ª Região)) resolveu se preocupar com a vestimenta de uma jovem advogada.
Publicamente, durante a sessão, quando a advogada iria fazer uso da tribuna, o desembargador Eugênio Cesário passou a repreendê-la.
‘Nós temos um decoro forense a cumprir e a atividade do advogado requer esse decoro também (...) O fórum é todo feito de simbologia, olha as bandeiras de simbologia, olha nossas togas, a que a senhora vai vestir aí e a senhora vem fazer uma sustentação oral de camiseta? Se for para fazer, eu saio’, disse o desembargador.
Pâmela Helena de Oliveira Amaral, a advogada, visivelmente constrangida, respondeu:
‘Desculpe, eu respeito, mas discordo. Eu não estou de camiseta’.
O Estatuto da Advocacia estabelece que é competência privativa da OAB determinar o traje dos advogados no exercício profissional.
Antes de iniciar sua carreira na Judicatura, Eugênio Cesário ficou conhecido como advogado do líder sindical Chico Mendes, e depois da martirização daquele líder, foi o Instituidor da Fundação que leva o seu nome, desde os estudos prévios, estatuto, ao registro público, sediada em Xapuri-AC, em 1989.
Foi Membro, juntamente com Marina Silva, da Comissão que escreveu o Estatuto dos Povos da Floresta – aprovado em encontro nacional de representantes desses povos, em 2008 em Rio Branco AC.
Foi aprovado em concurso público para juiz do trabalho em Goiás em 1993 e tornou-se desembargador do TRT de Goiás em 2013.
Abaixo, veja o deprimente vídeo.