Após exigir ser ouvido em Curitiba, Lula tenta suspender depoimento e Moro nega
19/08/2017 às 09:50 Ler na área do assinanteO juiz Sérgio Moro, há poucos dias, emitiu um despacho propondo que na ação penal em que Lula é acusado de receber 12 milhões de reais em propinas da Odebrecht, na compra de um terreno em São Paulo, que serviria para sede do Instituto Lula, e de um apartamento no prédio em que o mora, em São Bernardo do Campo, a oitiva do réu fosse realizada através de videoconferência, sem a necessidade do deslocamento do ex-presidente até Curitiba.
O juiz esclareceu que desta forma, gastos desnecessários seriam evitados, como a dispendiosa estrutura com segurança.
Foi tão somente uma sugestão do magistrado, que obteve a imediata discordância da defesa de Lula, que argumentou que a presença física do réu era um direito constitucional e ele não abriria mão.
Diante do impasse, Moro marcou o dia 13 de setembro para a oitiva do petista, que deverá novamente comparecer perante o magistrado, na ‘República de Curitiba'.
Eis que esta semana, os saltitantes advogados do sr. Luiz Inácio protocolaram um novo petitório, requerendo a suspensão do interrogatório, sob a argumentação de que o Ministério Público havia juntado novos documentos e que, pasmem, precisariam de mais tempo para chamar as testemunhas novamente para serem interrogadas sobre o material específico.
Não é piada. É mais um absurdo jurídico respaldado pela atuação aética e desrespeitosa dos causídicos petistas.
Moro, como sempre, foi rápido e cirúrgico:
‘O pleito da defesa de suspensão dos interrogatórios carece de qualquer base legal, motivo também pelo qual deve ser indeferido’.
Lula dia 13 sentará novamente no banco dos réus.
da Redação