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Lula derrete e Datafolha aponta mais um recorde negativo
14/02/2025 às 19:53 Ler na área do assinante![Imagem em destaque](https://fotos.jornaldacidadeonline.com.br/uploads/fotos/650x0_1739573594_67afc95a45ffc.jpeg)
A mais recente pesquisa do instituto Datafolha, divulgada em fevereiro de 2025, revelou um cenário preocupante para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aprovação do chefe do Executivo caiu para 24%, atingindo o nível mais baixo em seus três mandatos. Paralelamente, a reprovação subiu para 41%, também um recorde negativo para Lula nas medições do instituto.
A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 11 de fevereiro, ouvindo 2.007 eleitores em 113 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Os dados mostram uma deterioração expressiva na imagem do governo desde a última sondagem, feita em dezembro de 2024, quando a aprovação era de 35% e a reprovação, de 34%.
Analistas políticos apontam que a perda de popularidade de Lula se deve a uma combinação de fatores econômicos e políticos. O aumento da inflação e do custo de vida tem pressionado o orçamento das famílias brasileiras, especialmente das classes mais baixas, tradicionalmente alinhadas ao PT. Além disso, polêmicas envolvendo o governo nos últimos meses têm contribuído para a insatisfação popular.
Os dados da pesquisa mostram que a rejeição ao governo cresceu em diversos segmentos da população:
- Mulheres: a reprovação subiu de 37% para 43%.
- Eleitores de baixa renda (até dois salários mínimos): o percentual de reprovação aumentou de 29% para 39%.
- Nordeste: uma região historicamente favorável ao PT, registrou queda na aprovação de 49% para 38%.
- Pessoas com ensino superior: a reprovação atingiu 50%.
Os números indicam um desgaste acelerado da imagem de Lula, inclusive em bases eleitorais que, historicamente, o apoiam.
A queda na popularidade do presidente pode ter implicações significativas para o cenário político nacional. Com uma base de apoio enfraquecida, Lula pode enfrentar dificuldades para aprovar medidas no Congresso e manter a governabilidade. Além disso, a oposição deverá se fortalecer, explorando a insatisfação crescente da população.
O governo ainda tem tempo para reverter essa tendência, mas precisará adotar medidas eficazes para conter a crise econômica e melhorar a percepção pública sobre sua gestão. Os próximos meses serão decisivos para determinar se essa queda na aprovação será passageira ou se consolidará um desgaste duradouro.
Carlos Arouck
Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.