Lula derrete e Datafolha aponta mais um recorde negativo

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A mais recente pesquisa do instituto Datafolha, divulgada em fevereiro de 2025, revelou um cenário preocupante para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A aprovação do chefe do Executivo caiu para 24%, atingindo o nível mais baixo em seus três mandatos. Paralelamente, a reprovação subiu para 41%, também um recorde negativo para Lula nas medições do instituto.

A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 11 de fevereiro, ouvindo 2.007 eleitores em 113 cidades do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Os dados mostram uma deterioração expressiva na imagem do governo desde a última sondagem, feita em dezembro de 2024, quando a aprovação era de 35% e a reprovação, de 34%.

Analistas políticos apontam que a perda de popularidade de Lula se deve a uma combinação de fatores econômicos e políticos. O aumento da inflação e do custo de vida tem pressionado o orçamento das famílias brasileiras, especialmente das classes mais baixas, tradicionalmente alinhadas ao PT. Além disso, polêmicas envolvendo o governo nos últimos meses têm contribuído para a insatisfação popular.

Os dados da pesquisa mostram que a rejeição ao governo cresceu em diversos segmentos da população:

- Mulheres: a reprovação subiu de 37% para 43%.
- Eleitores de baixa renda (até dois salários mínimos): o percentual de reprovação aumentou de 29% para 39%.
- Nordeste: uma região historicamente favorável ao PT, registrou queda na aprovação de 49% para 38%.
- Pessoas com ensino superior: a reprovação atingiu 50%.

Os números indicam um desgaste acelerado da imagem de Lula, inclusive em bases eleitorais que, historicamente, o apoiam.

A queda na popularidade do presidente pode ter implicações significativas para o cenário político nacional. Com uma base de apoio enfraquecida, Lula pode enfrentar dificuldades para aprovar medidas no Congresso e manter a governabilidade. Além disso, a oposição deverá se fortalecer, explorando a insatisfação crescente da população.

O governo ainda tem tempo para reverter essa tendência, mas precisará adotar medidas eficazes para conter a crise econômica e melhorar a percepção pública sobre sua gestão. Os próximos meses serão decisivos para determinar se essa queda na aprovação será passageira ou se consolidará um desgaste duradouro.

Foto de Carlos Arouck

Carlos Arouck

Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.

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