Da “Primeira-Dama Sem Calcinha” ao Escândalo da USAID

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O Brasil, de certa forma, tornou-se um grande reality show político, onde o público assiste a cada nova temporada esperando o próximo grande escândalo. Enquanto isso, o país continua lidando com problemas estruturais que parecem nunca ter solução real – talvez porque o foco esteja sempre no espetáculo e não no essencial.

A política brasileira há décadas flutua entre o cômico e o trágico, misturando escândalos, traições e reviravoltas dignas de um roteiro de filme. Desde os tempos de Fernando Collor, quando a imprensa noticiava o presidente se vangloriando da sensualidade da esposa, até os dias atuais, com a expectativa sobre as denúncias da USAID, o Brasil segue um padrão curioso: governantes ascendem sob grande expectativa, são envolvidos em polêmicas e caem de maneira espetacular. O mais impressionante? O ciclo se repete sempre da mesma forma.

Collor: A Construção e a Queda de um Ícone Midiático

Nos anos 90, Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a Ditadura Militar, embalado pela narrativa do "Caçador de Marajás". A Rede Globo desempenhou um papel fundamental na construção de sua imagem como um jovem líder moderno e moralizador. No entanto, bastaram poucos anos para que as denúncias de corrupção – muitas delas trazidas pelo próprio irmão, Pedro Collor – dessem fim ao seu governo. O escândalo envolvendo o tesoureiro da campanha, PC Farias, revelou um esquema gigantesco de desvio de dinheiro, resultando no primeiro impeachment da história do Brasil.

No meio de tudo isso, a frase “Primeira-dama sem calcinha”, atribuída a Collor ao se referir à então esposa Rosane, serviu para reforçar a imagem de um presidente jovem e viril, mas também expôs o nível de banalidade com que a política era tratada na época. Não por acaso, o Brasil se tornou um país onde os escândalos sexuais e financeiros caminham lado a lado.

O Padrão se Mantém: Escândalos e a Rotação do Poder

Décadas depois, a política brasileira segue o mesmo roteiro. Presidentes são eleitos sob um discurso forte – seja de moralização, desenvolvimento econômico ou justiça social – e, pouco tempo depois, veem seus governos tomados por denúncias, traições e golpes internos. Isso aconteceu com Collor, Lula, Dilma, Bolsonaro e, possivelmente, também com Lula em sua volta ao poder.

Um dos exemplos mais recentes de um escândalo prestes a explodir envolve o governo Biden e a USAID, a agência norte-americana de desenvolvimento. Com a volta de Donald Trump ao cenário político, muitas de suas promessas incluem expor o uso político da USAID em países como o Brasil. O ex-presidente norte-americano e seus aliados alegam que a agência financiou grupos que interferiram nas eleições brasileiras de 2022, favorecendo Lula e enfraquecendo Bolsonaro.

A oposição brasileira aguarda ansiosamente a divulgação da lista de Trump, na expectativa de que ela traga detalhes sobre como esses recursos foram usados e quem realmente se beneficiou deles. No entanto, até o momento, não há provas concretas sobre tais alegações, e o Brasil segue como sempre: um palco onde as peças podem mudar, mas o enredo continua o mesmo.

Brasil: Um País de Crises Fabricadas e Grandes Expectativas

Se há algo que a história nos ensina é que a política brasileira raramente é sobre ideais e muito mais sobre o jogo de interesses. Os escândalos são usados como ferramentas para derrubar ou sustentar governos conforme a necessidade de quem controla a narrativa. A mesma Globo que ajudou Collor a chegar ao poder foi a que o derrubou; os mesmos veículos que elegeram Lula hoje defendem seu governo, ignorando contradições e denúncias.

A pergunta que fica é: quem será o próximo protagonista desse ciclo vicioso?

Arlete Caetana Santana. Escritora.

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