Cônsul da Grécia envolvido em esquema de corrupção da era PT está proibido por Moro de deixar o Brasil
18/08/2017 às 17:20 Ler na área do assinanteO cônsul honorário da Grécia no Brasil, Konstantinos Georgios Kotronakis, está proibido de deixar o país e terá o seu passaporte recolhido, por determinação do juiz Sérgio Moro, na Operação Sem Fronteiras, deflagrada nesta sexta-feira (18).
Em seu despacho, o magistrado deixou bem claro que poderá nos próximos dias determinar a prisão do cônsul, o que só não o fez neste primeiro momento, em deferência á Grécia. Veja:
‘Apesar da viabilidade jurídica da medida, em virtude da condição do investigado, de cônsul honorário, em deferência ao país que lhe outorgou tal título, bem como o disposto no artigo 63 do referido Decreto nº 61.078/1967, resolvo nesse primeiro momento, impor, ao invés de decretar a preventiva ou temporária, medidas cautelares alternativas, com base no art. 282 do CPP, de: proibição de deixar o país e a cidade de sua residência; e entrega dos passaportes’.
O juiz ainda determinou que sua decisão fosse comunicada à Embaixada da Grécia em Brasília.
O cônsul é investigado na Operação Lava Jato por uma suposta facilitação da contratação de armadores gregos para o fretamento de navios, tendo como contrapartida o pagamento de propinas. Esse esquema teve início no governo Lula e prosseguiu durante o governo de Dilma Rousseff.
Com a intervenção do cônsul grego foram feitos contratos com a Petrobras que somam cerca de 500 milhões de dólares.
Nos próximos dias, com o prosseguimento das investigações, o juiz Sérgio Moro fatalmente deverá mandar prender o grego.