O Palácio do Planalto está mobilizado para alinhar o discurso do petista Lula e de seus ministros diante das medidas anunciadas por Donald Trump, que afetam diretamente o Brasil.
A coordenação desse ajuste de tom está sendo conduzida pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira. Segundo apurado, Sidônio tem orientado os integrantes do governo a não reagirem com declarações que possam incentivar uma guerra comercial entre os dois países. Para ele, o protecionismo de ambos os lados não traria benefícios a nenhuma das partes.
A recomendação é clara: os ministros devem adotar um discurso de “cautela” e “maturidade”, destacando que ainda há espaço para negociações até março, quando a sobretaxa sobre o aço e o alumínio brasileiros começará a vigorar.
Sidônio elogiou, em conversas internas, a postura adotada pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Na última terça-feira (11/2), Padilha afirmou à imprensa que o Brasil não pretende entrar em conflito com os Estados Unidos e destacou a importância do livre comércio.
“Guerra comercial não faz bem para ninguém. O Brasil não estimula e não entrará em nenhuma guerra comercial. Somos sempre favoráveis ao fortalecimento do livre comércio”, declarou Padilha.
Membros da equipe econômica de Lula acreditam que há chances de negociar um acordo de cotas para a exportação de aço brasileiro, como ocorreu em 2018, durante o primeiro mandato de Trump.
Na ocasião, o então presidente dos Estados Unidos autorizou um acordo que estabeleceu cotas de exportação sem a aplicação de sobretaxas. A expectativa agora é que Trump possa adotar uma solução semelhante, evitando um conflito comercial mais acirrado entre os dois países.
A preocupação é geral! Trump não quer conversa com Lula.
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