Foto: Procon/MS
A Petrobras anunciou um reajuste no preço do diesel.
A partir deste sábado (1º), o litro para as distribuidoras passa a custar R$ 3,72, um acréscimo de R$ 0,22. O impacto direto? Maior custo no abastecimento e repasse inevitável ao consumidor.
Esse é o primeiro aumento desde outubro de 2023. Desde então, o combustível vinha operando com uma defasagem de 17% em relação ao mercado internacional, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
A Petrobras justificou a decisão como uma necessidade para equilibrar os preços internos sem seguir a paridade de importação, política que abandonou em 2023.
Mas o aumento da estatal não vem sozinho. A partir do mesmo dia, o ICMS sobre o diesel também sobe R$ 0,06, alcançando R$ 1,12 por litro. O imposto estadual pesa no cálculo final do combustível, aumentando o custo na bomba para além do reajuste da Petrobras.
O impacto já é antecipado: o preço médio do diesel S10 no Brasil está em R$ 6,17, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Com as novas taxas, o valor tende a subir, especialmente em regiões onde a logística encarece ainda mais o transporte.
Diesel mais caro significa frete mais caro, e isso pesa na inflação.
Desde dezembro de 2022, o diesel já teve cortes acumulados de R$ 0,77 por litro, uma redução de 17,1% no período. No entanto, quando corrigido pela inflação, esse valor sobe para R$ 1,20 por litro (24,5%). Agora, com o novo reajuste, parte desse alívio se desfaz.
O cenário é simples: reajuste da Petrobras somado ao aumento do ICMS coloca o diesel em um novo patamar de preços. Para motoristas, empresas de transporte e consumidores finais, a conta chegará logo.
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da Redação