O Judiciário: Uma bizarra coincidência ou oficialmente a serviço do Estado criminoso?

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A reforma no Brasil precisa ser gigantesca, da base ao topo. Começa na política e se estende a todas as áreas—porque, sejamos francos, nada se salva neste país.

A recente notícia sobre Leandro Rodrigues da Silva, preso por transportar 11 fuzis para o Complexo da Penha, escancara essa urgência. Apenas 12 dias antes, ele havia sido solto pela Justiça, mesmo após ser detido com 30 kg de drogas. Como alguém com esse histórico é liberado tão rapidamente? Simples: porque o sistema judicial brasileiro virou um teatro onde o crime compensa.

Outro absurdo vem do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que condenou fazendeiros a indenizar integrantes do MST por retirá-los à força de suas terras—mesmo sendo invasores.

Sim, no Brasil, quem ocupa ilegalmente sai no lucro, enquanto o proprietário, que paga impostos e tenta proteger seu patrimônio, é tratado como criminoso.

E os desmandos não param por aí. Em 2019, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que uma moradora com uma dívida de R$ 290 mil em taxas de condomínio não poderia ser impedida de usar a piscina e outras áreas de lazer. Ou seja, enquanto uns pagam suas contas, outros usufruem dos mesmos benefícios sem qualquer consequência.

A falta de rigor nas decisões judiciais e a  impunidade são reflexos de um sistema falido. A reforma precisa ser total, da política ao Judiciário, para que situações como essas deixem de ser a regra. Hoje, o Brasil se tornou um lugar onde o certo é punido e o errado é recompensado.

E, por mais desesperadora que a situação pareça, a realidade é ainda pior. O que chega à mídia não é nem a ‘unha’ do iceberg, especialmente quando envolve o mau uso do dinheiro público por aqueles que, um dia, prometeram combater a injustiça, o fisiologismo e a corrupção. No fim, são todos iguais—farinha do mesmo saco.

Foto de Daniel Camilo

Daniel Camilo

Jornalista e estudante de Direito e Ciências Políticas. Conservador de Direita e Nacionalista. Em 2022, concorreu ao cargo de deputado federal pelo Estado de São Paulo. Atualmente, está dedicado à escrita do seu primeiro livro, "Academia do Analfabeto Político”, uma obra que tem ênfase na ética política e no comportamento analítico do cidadão enquanto eleitor.

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