Trump abre caminho para operações na América Latina
22/01/2025 às 14:47 Ler na área do assinanteEntre os vários decretos assinados por Donald Trump, logo após sua posse na segunda-feira (20), um em especial gerou preocupação na América Latina. O republicano determinou que seu novo Gabinete classifique cartéis do narcotráfico como organizações terroristas internacionais, abrindo caminho para sanções mais severas e até mesmo possíveis operações americanas em países da região.
O decreto cita diretamente apenas duas organizações criminosas: o Trem de Arágua, originário da Venezuela e com atuação em diversos países sul-americanos, e a gangue Mara Salvatrucha (MS-13), fundada em Los Angeles, mas com raízes em El Salvador. No entanto, o documento menciona genericamente os "Cartéis", sugerindo uma abordagem ampla contra o tráfico internacional. O texto ainda destaca que, em algumas regiões do México, essas organizações operam como entidades quase governamentais, exercendo controle sobre diversos aspectos da sociedade.
Prioridade na segurança nacional
A decisão reforça a promessa de campanha de Trump de adotar uma política de "lei e ordem", colocando o combate ao tráfico como prioridade na segurança nacional dos Estados Unidos. No decreto, o presidente justifica a medida alegando que esses grupos representam uma ameaça ao "Hemisfério Ocidental" e à integridade territorial dos EUA.
"É política dos Estados Unidos garantir a eliminação total da presença dessas organizações nos Estados Unidos e sua capacidade de ameaçar o território, a segurança e a proteção dos Estados Unidos por meio de suas estruturas de comando e controle extraterritoriais", afirma o documento.
O controle das fronteiras e a crise dos opioides foram temas centrais na última eleição americana. Trump defende que grupos estrangeiros têm papel relevante na disseminação dessas drogas nos EUA, e a classificação dos cartéis como terroristas amplia os mecanismos de repressão ao narcotráfico dentro e fora do país.
Possíveis desdobramentos e impactos internacionais
Historicamente, os EUA adotaram abordagens distintas para o combate ao terrorismo e ao narcotráfico. Enquanto George W. Bush, após os atentados de 11 de setembro de 2001, lançou a chamada "Guerra ao Terror" com invasões militares no Afeganistão e no Iraque, as operações contra o tráfico na América Latina ocorreram, em geral, por meio de parcerias e cooperação com governos locais, como no caso da Colômbia.
O decreto de Trump não menciona diretamente ações militares, mas delega ao Secretário de Estado, Marco Rubio, e ao Departamento de Segurança Interna a responsabilidade de definir quais cartéis serão incluídos na lista de organizações terroristas e quais medidas serão adotadas. Além disso, o presidente declarou "emergência nacional" sobre o tema, o que permite o congelamento de bens e ativos de indivíduos e grupos suspeitos.
Uma das consequências mais imediatas pode ser a adoção de medidas mais duras contra membros dessas organizações, incluindo a possibilidade de detenções sem julgamento formal, a exemplo do que ocorreu com suspeitos de terrorismo enviados para a prisão de Guantánamo após 2002. A base militar em Cuba já foi alvo de diversas denúncias de violações de direitos humanos, e grupos como a Anistia Internacional apontam relatos de tortura e detenções arbitrárias.
Durante a assinatura dos decretos, Trump foi questionado por jornalistas sobre a possibilidade de uma intervenção militar no México.
"Pode acontecer. Coisas estranhas têm ocorrido", respondeu o presidente, sem descartar a hipótese.
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Fonte: O Globo