Depois de Silvio Almeida, mais um membro do ministério de Lula é denunciado por assédio
20/01/2025 às 09:52 Ler na área do assinanteO ministério de Lula, além de incompetente, é raivoso. Desta vez é uma ministra que está envolvida em sérias acusações de assédio.
Cida Gonçalves, ministra das mulheres, foi alvo de denúncias formais feitas por ex-servidoras de sua equipe. Ela é acusada de suposta prática de assédio moral e xenofobia no ministério. Os relatos foram enviados para apuração de dois órgãos federais: a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República.
O caso foi divulgado no Estadão. Confira:
“O jornal Estadão teve acesso ao conteúdo de cinco denúncias formais, inclusive dossiês escritos e três gravações de reuniões internas feitas pelas denunciantes e entregues à CGU e à Comissão de Ética. Além da ministra, foram apresentadas acusações contra a secretária-executiva do ministério, Maria Helena Guarezi, a corregedora interna, Dyleny Teixeira Alves da Silva, e a ex-diretora de Articulação Institucional Carla Ramos.
Os relatos envolvem ameaças de demissão a servidoras, cobrança de trabalho em prazo exíguo, tratamento hostil, manifestações de preconceito e gritos. As condutas podem configurar assédio moral.
Cida e Maria Helena são próximas e têm apoio político da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja. O assunto vem sendo tratado com discrição no governo Lula. A ministra segue no cargo e não fez mudanças na sua equipe.
De acordo com relato das ex-servidores, Maria Helena Guarezi, segunda na hierarquia do ministério, teria manifestado racismo em uma reunião. Já Carla Ramos é acusada de gritar com subordinadas. A corregedora Dyleny da Silva, na avaliação das denunciantes, teria se omitido na apuração das acusações de assédio.
Procurada, a CGU disse que a acusação à ministra, que veio acompanhada de gravações, foi remetida à Comissão de Ética e que arquivou denúncias contra as demais servidoras por falta de “elementos que indicassem possíveis infrações disciplinares”. O Ministério das Mulheres afirmou que as queixas não possuem “elementos concretos”.
O caso de Cida Gonçalves é o segundo de um ministro denunciado por assédio no governo Lula, nos últimos meses. O primeiro foi o então ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, acusado de assédio moral e sexual. Ele foi demitido do cargo depois de vir a público a informação de que ele teria abusado de uma colega de Esplanada, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela confirmou, embora ele negue.
As denunciantes dizem que as hostilidades começaram a partir de um desentendimento entre a ministra e a então secretária nacional de Articulação Institucional, Ações Temáticas e Participação Política, Carmem Foro.
Sindicalista do Pará e petista, Foro não foi uma escolha da cota pessoal da ministra. Indicação partidária do PT, chegou ao posto com suporte político da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Carmen Foro foi exonerada no dia 9 de agosto do ano passado. Três dias depois, a ministra convocou uma reunião com os cerca de 30 servidores da área. As denunciantes, que estavam nesse encontro, relatam terem ouvido frases da ministra que foram entendidas como ameaça.
Logo no início, a ministra justificou que a ex-secretária Carmen Foro, embora reconhecida liderança social, não era “boa gestora” e que atuava mais como “candidata” no Pará, com viés local, do que como “secretária nacional”. E afirmou que no seu ministério a hierarquia tinha que ser respeitada.
“A gente não está no movimento social. Até no movimento social tem hierarquia. E nós estamos no Ministério das Mulheres. Aqui tem hierarquia. Eu não posso afrontar o presidente, e nenhuma secretária pode me afrontar. Pode discordar, é diferente”, disse Cida, na gravação. “E se vocês acham que eu não sei o que aconteceu nos corredores, eu sei. Cara, eu sei tudo.”
A ministra, de forma velada, ameaçou demitir os integrantes da equipe da ex-secretária. “Pode ser que boa parte de vocês [servidoras] também podem sair ou não. A princípio, eu tinha dito para a Carmen que quem é dela, que veio com ela, tinha que ir”, afirmou Cida Gonçalves. Na reunião, a ministra reclamou que o ministério passava por dificuldades políticas e que era cobrada no Congresso e no Palácio do Planalto. Disse ainda que havia perdido orçamento.
Na conversa, a ministra afirmou que seria “mais difícil” selecionar alguém, porque havia estabelecido como critério recrutar “uma mulher negra, do Norte ou do Nordeste”, com viés “feminista” e bom trânsito político com movimentos de mulheres e partidos políticos. Essa fala também gerou incômodo na equipe, sobretudo com as servidoras da região Norte. Carmen Foro seria substituída, um mês depois, pela ex-senadora Fátima Cilede (PT), de Rondônia.
Após a saída de Carmen Foro, as ex-servidoras relataram que vivenciaram ainda mais episódios rotineiros de “isolamento político”, em que não conseguiam despachar com a ministra, mas eram cobradas por resultados e entregas com prazos urgentes, que afetariam a saúde e o bem-estar da equipe. Segundo as denunciantes, era comum que a ministra cobrasse pelo andamento de processos que já haviam sido enviados a seu gabinete, sem retorno.
“Eu sei que todo mundo diz que sou uma ministra de gabinete, que ninguém tem acesso, mas é uma mentira”, rebateu Cida, no encontro. “A pessoa mais fácil sou eu. Agora, é verdade que minha agenda é um inferno.”
A ministra insistiu no respeito à hierarquia e disse que as secretarias funcionam como “mini ministérios”, sem prestar contas a ela e que, muitas vezes, as secretárias ficavam “bravas”, se cobradas. Ela falou na necessidade de novas regras de conduta e que “cobraria mais” do que vinha cobrando e que a futura secretária faria uma reformulação.
“Enquanto eu estiver ministra, na minha sala, enquanto estiver no meu cargo, estiver aqui dentro tenho autoridade de ministra, tenho que ser respeitada nessas condições… Até o Lula me demitir, é essa a condição que eu estava. Estou falando tudo isso para a gente começar a reorganizar nossa vida a partir de agora. Eu vou cobrar mais do que tenho cobrado, vou exigir mais do que tenho exigido”, disse a ministra.
“Passei um ano deixando nas mãos das secretárias... Eu vou precisar me meter mais. E se for preciso sair na carne, vai sair qualquer uma. Já disse isso mesmo para todas elas. Até dia 31 de dezembro de 2026, esse mistério vai fazer entregas e quem vai estar nele para fazer as entregas depende de quem tem condições políticas, vontade política para fazer as entregas junto conosco.”
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