A ‘força do querer’ a audiência a qualquer custo

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A TV na busca insana por uma audiência igualmente insana perdeu totalmente a ética, os bons princípios e a responsabilidade.

‘A Força do Querer’ da Rede Globo e o angustiante culto a ‘bandidagem’ tem se superado a cada cena e a cada capítulo.

Uma cena da novela, entre tantas igualmente absurdas e absolutamente sem noção, ensina o bandido como guardar o fuzil e se omitir da polícia. É o fim da picada, a novela a serviço do crime e em louvação ao tráfico de drogas.

Juliana Paes, de mocinha a vilã pela paixão por um traficante, protagoniza o romantismo bandido e sem limites, reverenciado na nojenta atração de horário nobre. Aliás, ‘horário nobre’ que perdeu totalmente a nobreza.

Nos próximos capítulos novas atrações estão reservadas, novas cenas dramáticas, novas apologias às más condutas e ao crime.

Bibi vai descobrir o caso extraconjugal do marido e irá se entender com a amante.

Carla Diaz, que fez fama como personagem infantil de várias telenovelas, retorna a Rede Globo como adulta para apanhar no meio da rua, perder o cabelo e ser abandonada nua. Ela será Carine, a ‘novinha’ que entrará em cena como amante do irresistível Rubinho.

Bibi é um acinte, uma lamentável e decrépita história onde uma pessoa do bem é seduzida pelo mundo do crime, pelo criminoso, e se deixa levar para a criminalidade, tendo como pano de fundo a maldita idolatria ao traficante e ao tráfico.

Jamais iremos fazer o bem divulgando o mal.

Vanessa Mallmann

vanessa@jornaldacidadeonline.com.br

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