Bolsonaro tem uma agenda negligenciada inexplicavelmente pela democracia brasileira e com alto impacto no cotidiano de todos, exceto das elites que contam com proteção ostensiva: a segurança pública.
Seus adversários podem incorporar essa agenda ou repeli-la, apostando que a agenda econômica (roubar dos ricos e das forças produtivas ou promover reformas sensatas, conforme o cardápio, socialista ou liberalizante) seguirá o ponto decisivo da eleição.
Torço que no centro-direita alguém incorpore a agenda de Bolsonaro, que neste ponto é sensata: armamento civil, fim do conceito de menoridade penal, fim da progressão de pena e libertação em audiências de custódia para crimes violentos. É isso ou o risco ‘Duterte’ estará presente. E notem que Bolsonaro é muito melhor que ‘Duterte’ em muitos aspectos.
Tenho sérias restrições a Bolsonaro presidente, mas reconheço que a agenda dele é correta no ponto principal. Quanto ao econômico, ele pode ter seus arroubos estatistas, mas está longe de representar perigo de venezuelização, bandeira escancarada de nossa extrema esquerda, amplamente majoritária no espectro esquerdista brasileiro.
Aurelio Schommer