Trump assume na próxima segunda-feira. O mundo vai ficar mais suave, menos o Brasil (?)
17/01/2025 às 11:20 Ler na área do assinanteNo próximo dia 20 de janeiro de 2025, Donald Trump será empossado como presidente dos Estados Unidos para um novo mandato. Com promessas e políticas marcadas pela sua visão de “América em Primeiro Lugar”, espera-se que o governo reforce o nacionalismo econômico, adote uma postura protecionista e busque maior protagonismo no cenário internacional.
Trump tem reafirmado seu compromisso com a reindustrialização do país, um dos pilares de sua campanha. Medidas como a imposição de tarifas sobre produtos importados e incentivos fiscais para empresas nacionais devem ser fortalecidas para revitalizar o setor manufatureiro. O objetivo é reduzir a dependência de produtos estrangeiros e gerar empregos em solo americano, reafirmando o slogan que marcou sua primeira administração.
Outro tema central será a liberdade de expressão. Trump tem criticado o que considera censura em plataformas digitais e prometeu mudanças nas políticas de moderação de conteúdo nas redes sociais. No entanto, iniciativas nesse sentido enfrentam resistência legal e social, indicando que o tema será uma arena de disputas.
A política internacional de Trump pode trazer novas dinâmicas para as relações entre Brasil e Estados Unidos. Caso o governo brasileiro se alinhe ideologicamente à administração Trump, como aconteceu durante a presidência de Jair Bolsonaro, espera-se a retomada de alianças estratégicas. Porém, o cenário dependerá do contexto político atual no Brasil.
Trump também prometeu esforços para encerrar conflitos internacionais, como a guerra na Ucrânia e a escalada entre Israel e Gaza. O presidente declarou sua intenção de negociar diretamente com líderes globais, incluindo Vladimir Putin e Benjamin Netanyahu, embora analistas considerem esses objetivos desafiadores diante das complexas realidades geopolíticas.
O papel das grandes empresas de tecnologia, como Meta, Google e Amazon, e a influência de Elon Musk, fundador da Tesla, SpaceX e X (antigo Twitter), devem se intensificar. Musk foi nomeado para liderar o Departamento de Eficiência Governamental na nova administração, com a missão de reduzir gastos públicos e aumentar a eficiência do governo.
Além disso, Musk tem usado sua plataforma para influenciar debates sobre liberdade de expressão, regulamentação de tecnologias emergentes e até geopolítica. Um exemplo recente foi o uso do serviço de internet Starlink em zonas de conflito, como na Ucrânia, onde desempenhou um papel crucial na comunicação durante a guerra.
Por outro lado, as grandes empresas de tecnologia continuarão sob escrutínio por sua capacidade de moldar narrativas políticas e econômicas. A administração Trump pode buscar regulamentações menos rígidas para favorecer o setor, ao mesmo tempo em que enfrenta críticas sobre desinformação e concentração de poder.
Espera-se que o discurso de posse de Trump reforce suas promessas de campanha, como o foco em segurança nacional, redução da inflação e geração de empregos. Ele deve relembrar conquistas de sua primeira gestão, destacando acordos comerciais e políticas de imigração, enquanto promete enfrentar novos desafios com vigor renovado.
Com base em declarações passadas e no histórico de Trump, seu novo mandato promete ser marcado por uma combinação de prioridades nacionalistas, desafios diplomáticos e disputas tecnológicas, refletindo a complexidade do cenário político e econômico atual.
Carlos Arouck
Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.