O problema do Sidônio é a realidade... Ele não é mais um "vendedor de sonhos"...

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Sidônio Palmeira foi guindado a ministro da Comunicação do governo por ter sido, supostamente, um eficiente marketeiro político.

Não sei como surgiu a figura do marketeiro político, nome que se dá ao publicitário que embala o candidato para consumo do eleitor, mas o marketing político é antigo. Políticos dantanho já construíam frases que os caracterizavam, que funcionavam como ideias-força. Assim, Adhemar de Barros, virando o jogo contra os seus detratores, "roubava mas fazia". Jânio Quadros usou a vassoura como o símbolo de seu combate à corrupção, e Fernando Collor prometeu acabar com os "marajás" do serviço público.

O publicitário Duda Mendonça criou o mote "A Esperança Venceu o Medo" para a campanha de Lula em 2002, e que se tornou uma ideia-força poderosa, que captou a imaginação do eleitorado. Sem varrer para debaixo do tapete o problema do medo que o eleitorado sentia do antigo extremista sindical, Mendonça vira o jogo e "veste" o seu candidato com o verde da esperança. Claro, isso não teria sido possível se o próprio Lula não tivesse assumido outra postura. O marketing político pode muito, mas não pode tudo.

Qual a diferença entre a tarefa de um marketeiro político e de um ministro da Propaganda? O primeiro precisa vender um sonho, o segundo precisa explicar a realidade. Ambos lidam com a política, mas uma campanha eleitoral é bem diferente do exercício de governo.

O deputado Nikolas Ferreira, que demonstrou bastante habilidade para amarrar um bom roteiro em seu vídeo explicando a questão da resolução da Receita, teve uma vantagem fundamental: tudo o que ele falou ali é basicamente a realidade. Claro, uma realidade explicada do ponto de vista de oposição ao governo, mas não havia ali nenhuma mentira deslavada. Havia, sim, um discurso político bem estruturado, com a vantagem de que a realidade estava ao lado do deputado.

O problema de Sidônio é a realidade. O governo Lula é um grande Circo de Pulgas. O último programa anunciado, o Mais Professores, tem verba de pouco mais de R$ 1 bilhão. O anúncio é grandioso, mas esse montante não vai fazer nem cócegas. E assim, com todo o resto. A máquina estatal é gigantesca, o povo já se acostumou com o bolsa-família de R$ 600, e a verdade é que não há espaço no orçamento para oferecer muito mais. A esperança era que o crescimento econômico abrisse esse espaço, mas não aconteceu. E agora, com os juros na estratosfera, a tendência é a redução do crescimento, o que deve piorar ainda mais a situação.

Na primeira intervenção de Sidônio na comunicação, o desastroso anúncio de corte de gastos por parte do ministro Haddad, o marketeiro tentou alinhar não uma, mas três ideias-força de uma vez. As frases "Brasil mais forte", "Governo eficiente" e "País justo" apareciam ao fundo, como que tentando hipnotizar o telespectador. O problema, claro, é que Haddad não estava em campanha eleitoral. O seu anúncio conseguiu desagradar a gregos e troianos, e as frases ao fundo pareceram apenas propaganda enganosa.

Então, a missão de Sidônio, que está acostumado a empacotar sonhos, é dura: convencer o povo de que o Grande Circo de Pulgas é a maior maravilha da Terra. O problema é que a realidade tem insistido em desmentir o marketing. Vamos ver o que o marketeiro vai tirar da cartola.

Marcelo Guterman. Engenheiro de Produção pela Escola Politécnica da USP e mestre em Economia e Finanças pelo Insper.

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