Mais de 2 mil presos não voltam da "saidinha" e secretário do Governo Lula diz que taxa é "muito baixa" e defende benefício

12/01/2025 às 13:40 Ler na área do assinante

O secretário Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) do Governo Lula, André Garcia, afirmou que a taxa de fuga de presos beneficiados pela saidinha de Natal é “muito baixa” em relação aos ganhos proporcionados pela reintegração social dos apenados. A declaração ocorreu após um levantamento revelar que, entre os 49.095 presos liberados em 16 estados e no Distrito Federal no fim de 2024 e início de 2025, 2.131 não retornaram às unidades prisionais, o que corresponde a 4,3%.

Em sua análise, Garcia ressaltou que a saída temporária, prevista na Lei de Execução Penal, desempenha um papel essencial na humanização do sistema prisional e na redução da reincidência criminal.

“O benefício permite que o apenado em regime semiaberto fortaleça seus laços familiares e sociais, aspectos fundamentais para sua reintegração. Embora reconheçamos a necessidade de melhorar o monitoramento, a grande maioria retorna normalmente, sem incidentes”, afirmou.

Um absurdo!

O Rio de Janeiro liderou proporcionalmente em número de fugas, com 14% dos 1.494 beneficiados não retornando. Em termos absolutos, São Paulo registrou o maior número de evasões: 1.292 presos não retornaram às unidades prisionais. Outros estados, como Espírito Santo, Santa Catarina e Maranhão, também relataram fugitivos. Na Paraíba, apenas um dos 41 beneficiados fugiu e já foi recapturado.

Por outro lado, estados como Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco e Tocantins optaram por não conceder o benefício. Três estados não responderam, e Minas Gerais informou que ainda não compilou os dados.

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