O Rio Grande do Norte em avançado estado de decomposição (veja o vídeo)

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Em matéria de degradação da segurança pública realmente o Rio de Janeiro é o projeto-piloto desse governo esquerdista. A ADPF 635, de fato e de Direito, engessou, amordaçou e mumificou a polícia. Numa única canetada, o ministro Edson Fachin permitiu que o crime organizado tivesse seus próprios territórios. Isso fez toda a diferença.

Hoje eles exploram a venda de gás com o preço que querem em seus territórios, pois são soberanos – o Estado é proibido de entrar. Construíram barricadas concretadas, exploram a internet, a TV a cabo, o transporte de vans e motos - e até a construção civil. Se a polícia tentar entrar, leva chumbo – os que sobreviverem respondem a processo criminal.

As comunidades do Rio de Janeiro viraram um oásis para os criminosos do Brasil inteiro, que lá se refugiam, pois a polícia é proibida de entrar. Em dezenas ou centenas de depoimentos desses bandidos foragidos prestados na ocasião de suas capturas, o que se vê são eles confessando que ficaram meses ou até anos escondidos no alto das favelas, por isso não foram presos antes.

O Rio de Janeiro estar pior não implica dizer que nos demais Estados a situação esteja muito diferente, afinal nessa questão da segurança pública, o STF e o Governo Federal estão patrocinando o caos no país inteiro. A macabra política de desencarceramento promovida pelo Judiciário e pelo governo de esquerda está aí para provar tal desiderato.

Enquanto a população teme por suas vidas, enquanto o pai de família sai para trabalhar sem saber se vai conseguir voltar são e salvo por conta da bandidagem solta nas ruas, esses agentes políticos estão preocupados com a violência policial – estabelecendo normas de condutas de abordagem e do uso de armas, visando reprimir mais ainda a atividade policial.

Não se iluda: não é falta de noção do que acontece com o povo - eles são bem informados. É proposital mesmo. Hoje, o tamanho gigante desse verdadeiro exército de criminosos e seus artefatos bélicos já nos deixam reticentes quanto a capacidade de enfrentamento do Estado.

A ideia é exatamente essa.

É que estamos tratando de um projeto de controle social demorado. Na Venezuela começou na época de Hugo Chávez. Atualmente, a ditadura de Maduro não conta com a polícia, mas com as organizações criminosas que policiam os seus bairros (os chamados Colectivos). A ditadura brasileira segue o mesmo projeto de perpetuação de poder e controle social.

Outro Estado da Federação que vem chamando a atenção em razão do seu avançado estado de putrefação é o Rio Grande do Norte. Se o carioca sofre com o Comando Vermelho e afins e o paulista com o PCC, por aquelas bandas temos o Sindicato do Crime do Rio Grande do Norte (ou Sindicato RN, SDC ou 18.14).

A tal ponto chegou o poderio dessas organizações criminosas, que um evento anual tradicional no mundo das motocicletas e de expressiva envergadura (nacional e internacional) – o Pipa Moto Fest - teve sua edição de 2024 cancelada e não foi realizado por imposição dessas organizações criminosas.

Isso não é um delírio – é um fato!

E mais:

A Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ, compartilhou exaustivamente o vídeo dos dirigentes do evento que denunciava tudo isso. Em ato contínuo (na sucessão de imagens do vídeo/prova documental “per se”), os dirigentes do evento relatam contundentemente que a recomendação dos agentes públicos era de total submissão ao crime organizado, pois o evento deveria ser cancelado - como efetivamente foi (veja o primeiro vídeo ao final dessa matéria).

Difundido nos grupos de WhatsApp de militantes da Direita, de motociclistas e moto clubes do Sul/Sudeste e da Capital Federal, o vídeo não ganhou eco.

A AMO-RJ resolve, então, gravar um vídeo independente, denunciando mais uma vez essa aberração ocorrida no Nordeste do Brasil, que também não viralizou (é o segundo vídeo ao final dessa matéria).

Passa a impressão de que o povo do Sudeste e do Sul tem outras prioridades – como se o ocorrido no Rio Grande do Norte não os atingisse e suas preocupações fossem outras. Doce engano! Norte e Nordeste, para quem não sabe, faz maioria no Senado Federal. Pense nisso quando estiver irritado com a blindagem criminosa que o Rodrigo Pacheco proporciona aos ministros do STF.

O avançado estado de decomposição do R. G. do Norte chama a atenção, também, em outra pauta da esquerda: a guerra declarada à “família” como núcleo social – e aos bons costumes. A Justiça Estadual suspendeu a lei e o decreto estadual, de 2023 e 2024, que garantem a reserva de pelo menos 5% das vagas de emprego para travestis e pessoas trans em empresas beneficiadas por incentivos fiscais estaduais.

Ao que parece, o mesmo governo estadual responsável pela recomendação de se acatar as ordens do tráfico, também estava incentivando que empresas beneficiadas pelos incentivos fiscais e que não tivessem atingido a marca dos 5 % de funcionários trans ou travestis, promovessem campanhas internas de convencimento e persuasão de seus colaboradores.

Que decadência...

 
Foto de Carlos Fernando Maggiolo

Carlos Fernando Maggiolo

Advogado criminalista e professor de Direito Penal. Crítico político e de segurança pública. Presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ. 

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