“Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade.” (Frase atribuída a Ayn Rand (1905-1982), filósofa norte-americana, de origem russa)
Eis alguns fatos que petista (e adjacências) algum quer saber. Mas são FATOS - não ilações ou narrativas - e a História haverá de registrá-los.
Manchete da Folha de São Paulo (FSP, simplificando) de 03/01/2025 (Sim, eu disse “Folha de São Paulo”, uma espécie de sucursal do Planalto):
“País teve fluxo cambial [diferença entre o volume de dólares que entram e que saem do Brasil] NEGATIVO de: 15 bilhões e 900 milhões de dólares.” Quer dizer, saíram US$ 15,9 bilhões a mais do que entraram no País. Em números absolutos o Brasil sofreu fuga recorde de US$ 83,3 bilhões (83 bilhões e trezentos milhões de dólares). É uma fuga recorde na série histórica.”
Ou seja “nunca antes na história desse país” - como fala o semi-analfabeto que preside o Brasil – notou-se tamanho medo (horror mesmo!) de investir-se no Brasil. Muitos desses dólares estão fugindo (pasmem!) para a Argentina de Javier Milei. Na cotação de hoje, com dólar nas alturas, valendo 6,18 reais, a fuga recorde corresponde a 514 bilhões e 790 milhões de reais. É uma tragédia que se anuncia!
Ah, sim, faltou dizer: esses números referem-se ao ano de 2024 apenas, ano em que o Real sofreu uma desvalorização recorde de 27% em relação ao Dólar! Isto explica a euforia de muitos desavisados na recente virada de ano. Fogos de artifício não faltaram! Mas não se iludam, 2025 será pior! Nenhuma nação aguenta, por mais de dois anos, um governo do PT, liderado por Lula, com a fazenda administrada por um senhor que confessou ter estudado Economia por apenas dois meses, para fazer um exame! Foi assim na era Dilma, quando o Brasil teve a maior recessão de sua História, acoplada a uma inflação galopante, desvalorização recorde da moeda ante o Dólar (como agora!), fuga de capitais, queda do nível de confiança das agências internacionais de “Rating”, desemprego e outros males que só uma administração incompetente e irresponsável pode trazer. O que se passa no Brasil atual é um papel carbono piorado do que aconteceu na era Dilma.
Ah, sim, de novo! Em se tratando de manchete da FSP, uma espécie de sucursal do Planalto, ou Boletim do PT, é sempre prudente alguma prudência. A FSP informa, em sequência, que o resultado acima “só perde para os vistos em 2019 e 2020, no governo Bolsonaro (PL), quando as saídas líquidas foram de US$ 44,768 e de US$27,923 bilhões respectivamente”. A FSP e demais veículos de imprensa que sobrevivem de verbas do governo (dinheiro nosso, caro leitor) especializaram-se em MENTIR SEM FALTAR COM A VERDADE. Não há uma só vírgula errada na primeira página da FSP! Mas há uma escandalosa e indecente OMISSÃO que faz toda a diferença e mostra a malícia e a decadência de nossa imprensa tradicional: os anos de 2019 a 2020 foram os flagelos de TODAS as economias do mundo, devido à pandemia de Covid 19. A comparação da FSP, portanto é tendenciosa, ‘biased’, falsa, porque desconsidera o pano de fundo, a realidade internacional, em que é feita. A que ponto chegou-se em termos de imprensa nacional! E o notório (por fatos nada nobres!) e ‘most hated’ STF não poupa esforços e subterfúgios para censurar a Internet e as redes sociais, impondo-nos como fonte única de informação esta imprensa corrompida e farsante.
Sobre os anos 2019 a 2020, transcrevo o seguinte texto do livro de Paulo Guedes, Ministro da Economia naquele período e Adolfo Sachsida, ex-Secretário de Política Econômica do governo Bolsonaro:
“Você pode gostar ou não de uma política econômica liberal, mas não pode ir contra os fatos; os dados oficiais e públicos mostram que nesse período, marcado por choques externos (pandemia de Covid-19, aumento global de taxas de juros e invasão da Ucrânia pela Rússia) e internos (maior crise hídrica em 100 anos) a dívida pública em relação ao PIB foi reduzida, os gastos públicos em relação ao PIB recuaram, o emprego cresceu, a pobreza caiu, o investimento subiu e, pela primeira vez na História o Brasil terminou o ano (2022) com uma inflação menor do que a dos Estados Unidos e um crescimento econômico similar ao da China.”
Maiores informações sobre a era Bolsonaro em comparação com a tragédia atual pode-se encontrar neste artigo publicado no Jornal da Cidade Online, em 17/02/2023:
https://acrobat.adobe.com/link/review?uri=urn:aaid:scds:US:34684a0c-8379-3a8b-bd6b-20323cad7bfd
José J. de Espíndola
Engenheiro Mecânico pela UFRGS. Mestre em Ciências em Engenharia pela PUC-Rio. Doutor (Ph.D.) pelo Institute of Sound and Vibration Research (ISVR) da Universidade de Southampton, Inglaterra. Doutor Honoris Causa da UFPR. Membro Emérito do Comitê de Dinâmica da ABCM. Detentor do Prêmio Engenharia Mecânica Brasileira da ABCM. Detentor da Medalha de Reconhecimento da UFSC por Ação Pioneira na Construção da Pós-graduação. Detentor da Medalha João David Ferreira Lima, concedida pela Câmara Municipal de Florianópolis. Criador da área de Vibrações e Acústica do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica. Idealizador e criador do LVA, Laboratório de Vibrações e Acústica da UFSC – Agraciado com uma ‘Honorary Session’, por suas contribuições ao campo da Dinâmica, pelo Comité de Dinâmica da ABCM no XII International Symposium DINAME, 2007—Ex-Coordenador de Pós-Graduação das Engenharias III da CAPES/MEC - Professor Titular da UFSC, Departamento de Engenharia Mecânica, aposentado.