Tráfico Humano: O segredo por trás do “'Made in China”

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O mundo inteiro está comentando o caso dos 163 trabalhadores chineses que foram resgatados de uma obra da BYD. Segundo o Ministério Público do Trabalho, os chineses foram vítimas de tráfico internacional de pessoas e estavam submetidos à situação análoga à escravidão.

Os trabalhadores foram resgatados de alojamentos na cidade de Camaçari (BA), nesta última terça-feira (24). Eles foram "contratados" por uma empresa terceirizada, a também chinesa JinJiang (guardem este nome), para trabalhar em uma obra da BYD. A gigante de veículos elétricos nega que houve trabalho análogo à escravidão. Será? Então vamos ver quais eram as tais condições de trabalho.

Segundo o MPT, os alojamentos apresentavam:

- camas sem colchões ou com revestimentos inadequados;
- falta de armários;
- itens pessoais misturados com alimentos;
- banheiros insuficientes e precários — em um caso, havia apenas um banheiro para 31 trabalhadores.

Os banheiros não eram separados por sexo, faltavam assentos e apresentavam higiene inadequada

A fiscalização diz ter encontrado um refeitório com um padrão de higiene que faria qualquer restaurante de rua parecer cinco estrelas, banheiros químicos em número insuficiente e em um estado tão deplorável que até os ratos desistiriam de usá-los, e, claro, trabalhadores expostos à radiação solar sem qualquer tipo de proteção.

E como se não bastasse toda esta humilhação, ainda há relatos de acidentes. Um dos trabalhadores disse que teve um acidente ocular sem atendimento oftalmológico adequado e outro diz ter sofrido um acidente pela da privação de sono causada por longas jornadas e condições degradantes. A carga horária de trabalho, segundo relatos, era de 10 horas diárias.

O MPT também "descobriu" indícios de trabalho forçado, uma surpresa, não é? Os trabalhadores tinham que pagar caução, tinham 60% dos salários retidos (uma verdadeira pechincha), recebiam apenas 40% em moeda chinesa (porque quem não ama uma boa transação internacional?), enfrentavam taxas altíssimas para rescindir o contrato e, ainda, tinham seus passaportes retidos. Tudo isso, para garantir que não pudessem sair ou voltar para seus países de origem, configurando um "levezinho" confisco de valores.

Agora voltemos a tal "contratante". Jinjiang, que significa "artesão de ouro", foi criada em 2002 e está autorizada a oferecer serviços de construção de imóveis. Sua sede está localizada em Shenzhen, cidade do sul da China que também abriga a fábrica da montadora. E é claro, a parceria entre a Jinjiang e a BYD está crescendo como nunca, com as duas empresas espalhando sua "sinergia" por vários países

De 2018 a 2022, a Jinjiang foi "premiada" pelos tribunais chineses com a missão de indenizar trabalhadores em cinco disputas relacionadas a acidentes e ferimentos de trabalho. E, como não poderia faltar, a empresa também recebeu multas em 2023 e 2024 por não seguir as regras de segurança dos trabalhadores — porque, claro, quem precisa delas? Ah, e em maio de 2022, um trabalhador morreu em um acidente de queda em um canteiro de obras da BYD em Hefei. Jinjiang, a grande responsável pelo projeto, foi multada em 310.000 yuans junto com dois subcontratados.

O caso gerou uma reação "inusitada" nas redes sociais chinesas contra a BYD, dando início a uma discussão sobre os direitos dos trabalhadores. Vários internautas, com grande "surpresa", notaram que as condições dos trabalhadores resgatados no Brasil eram exatamente iguais àquelas encontradas nos canteiros de obras na China.

O porta-voz da montadora de automóveis elétricos chinesas BYD, Li Yunfei, diz que tudo isso é intriga 'dazinimiga'.

“Na questão de difamar marcas chinesas, difamar a China e tentar minar a amizade entre a China e o Brasil, vimos como forças estrangeiras relevantes se associam maliciosamente e difamam deliberadamente”, declarou Li Yunfei.

A empresa também alega que tudo não passa de um "mal-entendido cultural e problemas de tradução".

Paula Marisa. Especialista em Educação. Autora de O Mínimo sobre a Ideologia de Gênero.

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