A estranha condenação à prisão por falas em um debate político
17/12/2024 às 03:00 Ler na área do assinanteO ex-deputado estadual Rodrigo Maroni foi condenado a pena de um ano, dois meses e 10 dias de detenção, em regime aberto, pelos crimes de calúnia, difamação e injúria cometidos contra sua ex-noiva Manuela d’Ávila durante debate das eleições municipais de 2020, quando ambos concorreram à Prefeitura da Capital.
O fato chocou o ambiente político. Talvez seja um caso inédito no país.
No debate em questão, Maroni afirmou que Manuela teria uma “milícia”, que "mentia e traía" e que, quando ambos tiveram uma relação afetiva, a ex-deputada se referia a outras pessoas de forma “antifeminista e homofóbica”.
A magistrada afirmou que as falas de Maroni extrapolaram a intenção de “caçoar, narrar, defender, informar, aconselhar, criticar ou corrigir”, condutas que não se enquadrariam nos crimes dos quais ele era acusado.
Após a decisão, Maroni afirmou que está “absolutamente tranquilo” e ponderou que ainda cabe recurso.
“Em momento algum eu menti nos debates. Em tudo que falei. Acredito, inclusive, que tenha pego leve, comparando ao que foi o debate do Marçal com Nunes, por exemplo, em São Paulo. Também quero reafirmar que não falei metade do que sabia da Manuela, inclusive preservei ela. Acredito que fui brando demais. E, sobre o processo, ainda tem recursos dos mais diversos. Sequer fui ouvido no processo ainda”, disse.
Maroni revelou detalhes desse caso e do seu relacionamento com Manuela em sua biografia: "O Homem-Bomba da Política". Caso queira conhecer, clique no link abaixo:
Aproveite antes que a Justiça proíba a circulação desse livro também.