O Paraiso das Hienas

24/11/2024 às 06:21 Ler na área do assinante

“A maldade é a vingança do homem contra a sociedade pelas restrições que ela impõe. … É o resultado do conflito entre nossos instintos e nossa cultura. (Sigmund Freud – 1856-1939).

Os atuais dirigentes brasileiros estão colocando em prática métodos parecidos com o “Grande Expurgo”, com “A noite das facas longas” e com a “Demonização de Trump”. Esses homens-hienas, que se alimentam com o sangue de outros homens, elaboraram esse plano com o propósito de calar opositores, de incriminar o ex-presidente, impedi-lo de disputar eleições e intimidar a todos aqueles que repudiam as esquerdas ditas “progressistas”.

“O Grande Expurgo” (ou Grande Terror) foi uma violenta campanha de repressão política na União Soviética na Mongólia e Xinjiang que ocorreu entre os anos de 1936 a 1938 feita pelo Secretário Geral do Partido Comunista da União Soviética, Josef Stalin.

Envolveu uma repressão em larga escala de camponeses relativamente ricos (kulaks); limpeza e operações contra minorias étnicas. Houve vigilância policial generalizada; suspeita de sabotadores; contrarrevolucionários; prisão; e execuções arbitrárias. Os historiadores estimam o número total de mortes devido à repressão stalinista em 1937-1938 entre 680.000 e 1.200.000.

Em reportagem datada de fevereiro de 2011, o site DW, afirma que pesquisadores alemães que investigaram Grande Expurgo de 1937 na União Soviética consideram a perseguição "um extermínio em massa organizado de forma burocrática".

A "ordem número 00447", emitida por Nikolai Yezhov, comissário do interior, aprovada pelo Politburo, o escritório do comitê central do Partido Comunista da União Soviética, chegou em 31 de julho de 1937, e com ela teve início o Grande Expurgo.

Todos os que se opunham ao regime comunista se tornaram criminosos: membros de comunidades religiosas, ex-membros de partidos políticos, opositores dos bolcheviques, cossacos, kulaks (donos de propriedades rurais) e todas as pessoas consideradas opositoras ao regime passaram a ser perseguidos.

Os julgamentos eram feitos por "troikas", compostas pelo chefe local do partido, um representante dos Comissariados do Interior e um promotor público. Parte das vítimas foi assassinada por arma de fogo e a outra foi mantida presa por longo tempo. Muitas destas vítimas morreram no cárcere.

Durante muito tempo não se soube os exatos motivos que originaram a ordem de Yezhov.

Mas os pesquisadores do Instituto Histórico Alemão em Moscou e da Universidade do Ruhr (Bochum), juntamente com colegas na Rússia e na Ucrânia, pesquisaram o assunto.

Para Marc Junge, membro da equipe de pesquisas, "provavelmente as razões da grande ação foram de ordem econômica ou por razões da política interna, o que a torna ainda pior".

Já para o pesquisador Michael Ellman, o Expurgo de Stalin pode ser considerado também um exemplo de social “engineering”. Uma espécie de engenharia para constituir o socialismo, isto é, determinados grupos sociais são apoiados, enquanto outros são aniquilados, explicou.

Na Ucrânia sob domínio soviético, a ação teve o objetivo de extinguir em definitivo os kulaks (proprietários de grandes propriedades rurais) e, segundo Serhiy Kokin, diretor do arquivo do Serviço Secreto da Ucrânia e co-editor do livro “O Grande Expurgo na Ucrânia”.

O que especialmente assustou os pesquisadores alemães foi o fato de muitas mortes terem sido planejadas detalhadamente. Bernd Bonwetsch, antigo chefe do Instituto Alemão em Moscou e membro da equipe de pesquisas, declarou:

-  "O mais importante do que descobrimos é a organização burocrática do que, em última análise, pode ser chamado de extermínio em massa".

Marc Junge relatou que os pesquisadores não sabiam que o Expurgo também visara as camadas baixas da população:

- "Fizemos uma verdadeira descoberta sobre como ele cresceu. O Expurgo contra a elite foi uma coisa terrível, mas também os camponeses mais humildes, os clérigos de pequenas cidades e os que praticaram pequenos delitos sofreram com ele".

“A Noite das Facas Longas” aconteceu na Alemanha em 30 de junho de 1934. Adolf Hitler, acompanhado por membros da Schutzstaffel (SS) e da Gestapo, invadiu um hotel na cidade de Bad Wiessee, na Baviera, e ordenou a morte de pelo menos 85 filiados ao Partido Nazista considerados possíveis opositores de Hitler. Até o dia 2 de julho, outras centenas de pessoas, que Hitler considerava inimigos, foram presas e executadas.

Em 24 de junho, o chefe da SS, Heinrich Himmler, e o chefe de segurança da SS, Reinhard Heydrich, falsificaram documentos que sugeriram que Röhm, chefe da SA, planejava um golpe para derrubar Hitler. Em seguida, listaram todas as pessoas que poderiam ameaçar o Partido e, por conta disso, deveriam ser eliminadas. Em 27 de junho, Hitler reuniu um grupo especial para a operação e planejou todos os passos.

Na noite de 30 de junho para 1º de julho, o grupo armado de Hitler seguiu para um hotel em Bad Wiessee, onde havia sido marcado um encontro entre os membros da SA. A maioria dos chefes e soldados foi retirada de suas camas, presa e executada no local.

O capitão Ernst Röhm, chefe da SA, chamados de camisas pardas devido à cor do uniforme que usavam, foi detido pelo próprio Hitler – que, marchando para dentro de seu quarto, gritou:

- "Você está preso, seu porco!" – e levado a uma prisão em Munique.

Em 1º de julho, Röhm recebeu um revólver e 10 minutos para cometer suicídio, ao que teria dito “se eu serei morto, deixe o Sr. Hitler fazer isso”. Quando o tempo esgotou, um oficial da SS matou Röhm com um tiro à queima roupa.

O líder nazista aproveitou o expurgo para perseguir antigos inimigos e opositores. Entre eles estava o vice-chanceler Franz Von Papen, que havia discursado contra o nazismo.

Preso, ele foi liberado e proibido de fazer qualquer referência ao regime. Mas o secretário de Papen, Herbert von Bose, e o autor de seu discurso antinazista, Edgar Jung, foram perseguidos e mortos. Gregor Strasser, ex-nazista que deixou o Partido em 1932, também foi executado.

Ao final de 2 de julho, pelo menos 85 pessoas já haviam sido mortas e centenas aprisionadas. Posteriormente, o episódio ficou conhecido como Noite das Facas Longas, referência ao verso de uma das canções da SA.

Após o expurgo, o presidente Hindenburg deu os parabéns ao chanceler Hitler pela “decisão e coragem exemplar” e por ter agido rapidamente contra seus inimigos. A SA foi reformulada e passada ao comando de Victor Lutze.

A partir de então, reprimir condutas consideradas ameaçadoras se tornaria um padrão do regime nazista.

A “demonização” de Trump no EUA teve início com sua derrota em 2020. Tentando eliminar o “homem laranja” da vida pública americana, uniram-se contra ele, membros do governo, o partido democrata, promotores, os grandes jornais que tinham como líder o New York Times, os artistas, atores de cinema e teatro, as maiores redes de televisão, como CNN, ABC, NBC, os professores universitários, os apresentadores de programas jornalísticos, jornalistas de todos os tipos, blogueiros e durante 3 anos e meio massacraram Trump, chamando-o de ditador, mentiroso descarado, autor de teorias da conspiração, criminoso, fraudador, trapaceiro, abusador sexual e difamador .

Inventaram o termo “polarização” que foi exportado para o Brasil e aqui floresceu como capim de burro.

Então, todos esses grupos, começaram a dizer que os EUA estavam divididos, por causa da tal “polarização”. Que o correto, o bacana, o legal era ser progressista, abrir as fronteiras da américa, inundar o país com todos os tipos de imigrantes ilegais. Essa atitude era “progressista”.

A “polarização” acabaria quando todos aceitassem a ideologia progressista.

Afirmavam ao povo americano que Donald Trump era uma aberração, um golpista. E para reforçar suas declarações apresentavam dezenas de pesquisas que confirmavam tudo o que todos esses grupos citados anteriormente diziam.

Donald Trump seria preso, encarcerado.

Nesta altura do campeonato o diabo perdia fácil para Trump.

Essa demonização de Trump resultou em duas tentativas de assassinatos.

Durante as eleições de 2024 esses grupos doaram 1 bilhão e meio de dólares para que Kamala Harris, adversária de Trump, gastasse na campanha política.

Os jornais, as redes de televisão, os artistas, os institutos de pesquisa afirmavam que Kamala venceria facilmente. Outros institutos que eleição estava empatada, mas Kamala venceria em 4 dos 7 estados chaves. Tudo isto acompanhado do terrorismo midiático de que se Trump vencesse os EUA estariam perdidos.

Abertas as urnas, o que se viu foi uma vitória estrondosa de Trump.

Ele venceu de uma ponta a outra do EUA. Venceu nos 7 estados chaves. Venceu a mentira dos jornalistas, dos institutos de pesquisa, dos artistas, das redes de tv...

A vitória de Trump foi uma rejeição a toda patifaria arquitetado por seus adversários. Não havia “polarização”, mas rejeição à política de Biden.  O país não estava dividido ao meio como afirmavam os tais “progressistas” ou os Grandes setores do establishment político americano, liderados pelo Partido Democrata, mas uma união firme de todos os homens de bem contra a política adotada por Biden e seus asseclas que minava a grande nação americana.

Na Terra dos Papagaios, Bolsonaro é o Trump brasileiro.

Primeiramente Bolsonaro foi esfaqueado.

Mesmo assim venceu as eleições e sua demonização ocorreu após sua vitória em 2018. Ele, com ajuda da internet, derrotou o sistema estabelecido de modo surpreendente. E isso foi inaceitável.

Durante 4 anos de seu governo Bolsonaro foi atacado dia e noite. Acostumados a mamar nas tetas da nação, petistas, comunistas, “artistas”, os grandes jornais e redes de tv, “os intelectuais”, políticos de todos os matizes, empresários e os 11 ministros do STF se sentiram incomodados e todos se uniram contra Bolsonaro.

Acusações de todos os tipos foram repetidas diariamente durante o seu governo: golpista, fechamento do Congresso e do STF, culpado pela pandemia do coronavírus, não comprou vacinas (que não existiam na época), grotesco, desastroso, jornalistas e opositores pediram sua morte, em vídeo degolaram e jogaram bola com sua cabeça, e martelaram durante anos o termo “golpista”, “golpista”, “golpista”, acusações de crimes que nunca aconteceram, parceria com criminosos, milicianos e assassinos de aluguel ao redor da família presidencial, mansões, rachadinhas, denúncias de todos os tipos.

Nada disso colou em Bolsonaro.

Então, finalmente, soltaram Lula e colocaram a culpa em Bolsonaro.

E todos se uniram em torno de Lula. E todos fizeram campanha para Lula. E o ex-presidiário, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, chefe dos bilionários esquemas de corrupção protagonizados pelo PT se tornou presidente do Brasil.

Mas a vingança ainda não estava completa. Os 11 ministros do STF, que antes eram apenas advogados indicados por políticos, entenderam que eles é que mandavam no Brasil. Foram eles que soltaram um delinqüente e ele se tornou presidente. Eles é que manejavam os cordéis e não os políticos. Compreenderam que ao reescrever o passado criminoso dos bandidos envolvidos nos escândalos do petrolão e do mensalão sem qualquer oposição, podiam tudo.

E assim, sem que ninguém entendesse o que estava acontecendo, avançaram sobre os outros poderes chefiados por Xandão e o Brasil passou de regime democrático para um regime autoritário. Os ministros do STF assumiram os papeis inconstitucionais de vítima, investigador, acusador e julgador.

Eles se tornaram o executivo, o legislativo e o judiciário.

Por sua vez, o ex-tudo, Lula, tratou de quebrar a nação criando 39 ministérios, gastando o que não tinha, estourou as contas públicas, além de praticar uma política externa desastrosa, tornou o Brasil uma piada para o resto do mundo.

E perderam as eleições de 2024. Das 5.545 cidades existentes no Brasil, somente 245 votaram com o governo. Sim, 5.300 cidades se posicionaram contra o PT e seu governo catastrófico.

Então onde está a tal polarização? Ela não existe. Nunca existiu. O que existe é um protesto forte contra todos os desmandos do governo e do STF.

Para esconder o fracasso do governo Lula, os verdadeiros donos da Terra dos Papagaios resolveram aloprar novamente com Bolsonaro.

E Bolsonaro foi indiciado em uma trama digna de Cebolinha com a Mônica.

Nesse processo, nenhum argumento de defesa importa. Somente as acusações são destaques na imprensa amiga dos Ministros. Sua sentença já está escrita: será condenado. E ele será preso pela “Abolição do Estado de Direito”.

Ele se juntará às velhinhas e pais de famílias que se manifestaram quebrando prédios públicos, mas para os Ministros do STF, todos são terroristas e golpistas.

E finalizo com os versos da canção de um artista verdadeiro chamado Jessé, da qual retirei o título para usar em meu texto, que nunca foi reconhecido pela crítica “canhota”, intitulada “Paraiso das Hienas”, que diz assim:

- “Abençoai as hienas
Principalmente as morenas, tricampeãs mundiais
Pois desse lado do muro o jogo é tão duro, meu pai
Que só ter piedade de nós não vale a pena”.
- “Que só ter piedade de nós não vale a pena
Que só ter piedade de nós não vale a pena”.

Um bom final de semana a todos.

Carlos Sampaio

Professor. Pós-graduação em “Língua Portuguesa com Ênfase em Produção Textual”. Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

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