Moraes toma nova decisão contra padre alvo de inquérito
25/11/2024 às 13:00 Ler na área do assinanteO ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da defesa do padre José Eduardo de Oliveira e Silva para a devolução de seu celular. O dispositivo permanece sob custódia da Polícia Federal (PF) desde fevereiro, quando o sacerdote foi alvo da Operação Tempus Veritatis e incluído entre os 37 indiciados por suspeita de planejar um suposto golpe de Estado que teria como objetivo manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Na decisão, Moraes apontou que as investigações "ainda estão em curso regular" e, por isso, considerou que a restituição do aparelho não seria cabível no momento, já que ele "ainda interessa à completa elucidação dos fatos investigados".
A defesa do padre argumentou que a apreensão comprometeria o sigilo sacerdotal, justificando a recusa em fornecer a senha do aparelho. Segundo o religioso, o celular conteria "os dramas mais profundos de fiéis". Contudo, Moraes destacou que o padre é investigado por participar de um grupo que visava desacreditar as eleições, planejar e executar um golpe, e abolir o Estado Democrático de Direito. O ministro também afirmou que não há indícios de violação da liberdade religiosa do investigado, já que os atos atribuídos a ele extrapolariam suas funções como clérigo.
Segundo a PF, o padre esteve presente em uma reunião no Palácio do Planalto em 19 de novembro de 2022, onde uma minuta golpista teria sido discutida. O ministro sustenta que o religioso fazia parte do núcleo jurídico do plano, atuando no "assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária alinhadas aos interesses golpistas".
Além de José Eduardo, outros nomes apontados como integrantes desse núcleo incluem o ex-assessor especial Filipe Martins, o advogado Amauri Feres Saad, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e o tenente-coronel Mauro Cid, que colabora com as investigações como delator.
Após o primeiro turno das eleições presidenciais de 2022, o padre publicou uma foto de um altar coberto com a bandeira do Brasil, acompanhada de uma imagem de Nossa Senhora. Na legenda, escreveu:
“Uns confiam em carros, outros em cavalos. Nós, porém, confiamos no Senhor e, assim, resistiremos.”
Quando a Operação Tempus Veritatis foi deflagrada, o sacerdote divulgou uma nota reafirmando seu compromisso com a Constituição e negando envolvimento em qualquer ato contrário à ordem democrática.
"A República é laica e regida pelos preceitos constitucionais, que devem ser respeitados. Romper com a ordem estabelecida seria profundamente contrário aos meus princípios", declarou.
Está mais do que claro que o "sistema" vai tentar envolver qualquer narrativa possível para atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro nesse caso. Querem prendê-lo de qualquer forma.
A cruel, absurda e desumana perseguição contra o ex-presidente Bolsonaro e seus aliados não tem fim! Tudo leva a crer que, em breve, suas liberdades serão surrupiadas. Querem esconder o que realmente aconteceu em 2022... Porém, para o "terror" do "sistema", tudo isso foi documentado no livro "O Fantasma do Alvorada - A Volta à Cena do Crime", um best seller no Brasil.
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O próprio Bolsonaro já conhece o livro: