Tiu França: cremar ou não cremar? Eis a questão! (veja o vídeo)
22/11/2024 às 16:58 Ler na área do assinanteNo longínquo ano de 1792, Tiradentes foi executado em praça pública, e partes do seu corpo, esquartejado, foram expostos em praça pública. Sua cabeça foi exposta na cidade de Ouro Preto (antiga Vila Rica)/MG, e na terceira noite foi roubada e nunca mais se ouviu falar do seu destino.
O motivo da exposição de seus despojos em praça pública foi a mensagem direta para que não desafiassem a Corte de Portugal. Simples assim!
Neste ano de 2024, portanto, 232 anos depois, Francisco Wanderley Luiz, vulgo Tiu França, também morreu em praça pública, também ficou exposto em praça pública com a cabeça dilacerada pela explosão (durante 13 horas), e seus restos mortais devem ser cremados e enviados para Rio do Sul/SC onde mora a família.
Alguma mensagem subliminar nesse enredo?
Até aqui, ninguém confirma a cremação, mas também não há divulgação sobre o destino do corpo, velório e enterro. Não se encontra na imprensa nada a respeito. Fiquei sem entender...
Segundo lei específica - Lei de Registros Públicos n. 6.015 /73, a qual estabelece, em seu artigo 77, § 2º, que nos casos de morte violenta (por qualquer meio, e suicidar é um meio), a cremação somente será feita com autorização judicial, ou seja, a cremação só pode acontecer com suicidas com autorização judicial.
Fiz uma consulta com um especialista da área jurídica, que confirma que no caso do Tiu França, que teve morte violenta e oficialmente ser tratado como suicida, de fato, para a cremação acontecer tem que ter o consentimento judicial. Essa autorização é necessária, em caso de morte violenta, porque pressupõe uma eventual participação de terceiros na morte, e, portanto, passível de futura exumação para nova perícia. Se cremado, fim! Não há como periciar mais nada.
A afiliada da TV Record em Blumenau, NDTV, confirma a informação sobre a possível cremação do Tiu França e seu sepultamento em sua terra natal, Rio do Sul/SC.
Assista:
Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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