Um, dois, três, quatro, cinco mil... querem prender um ex-presidente do Brasil!
21/11/2024 às 12:17 Ler na área do assinanteNão amigos, não estou falando do Fernando Collor de Mello que governou o Brasil de 15 de março de 1990 a 29 de dezembro de 1992, quando renunciou ao cargo em carta lida no mesmo dia do julgamento. A abertura do seu impedimento foi no dia 2 outubro de 1992, assumindo em seu lugar, o vice, Itamar Franco. No dia 30 de dezembro, já impedido por 441 votos favoráveis 38 votos contrários, 1 abstenção e 23 ausentes, se tornou inelegível por 76 votos a 2. Portanto, há 32 anos. Por corrupção, Collor foi condenado a 8 anos e 10 dias de prisão, inicialmente em regime fechado, e sentença confirmada pelo STF no último dia 14. Mas, sabem como é nossa justiça, né. A defesa vai apresentar os embargos dos embargos, depois os embargos dos engasgos, e depois os engasgos dos embargos. Se negado, vem declaração do trânsito em julgado, depois o trânsito engarrafado, e por aí vai. Enfim, sabe-se lá quando teremos um final.
Chega de Collor...
Estou me referindo ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Há anos tentam imputar a ele uma culpabilidade capaz de mandá-lo ao xadrez. Por enquanto, uma sentença ridícula do TSE ao torná-lo inelegível por conta de uma reunião com embaixadores em Brasília, que aliás, é prerrogativa do presidente brasileiro. Mas quem não tem essa prerrogativa, no caso o próprio TSE, também promoveu uma reunião com os mesmos embaixadores, porém antes do presidente da república. O tema era o mesmo: o debate em torno da credibilidade das urnas eletrônicas brasileiras.
Por outro lado, já há quem acredite que todo esse arsenal de denúncias contra ele, que há muito tempo coleciona processos e inquéritos, é apenas para manter o Bolsonaro engessado e neutralizado politicamente, o que se nota, ao contrário, é que ele ganha cada vez mais popularidade e credibilidade. Haja vista as últimas eleições deste ano, onde o sucesso foi estrondoso nas urnas.
Então vai chegar uma hora que terão que prendê-lo, mas tenho minhas dúvidas até onde vai essa coragem, pois há o temor de uma revolta popular. E, nessa hora, ou vai ou racha. Ou eles assumem que querem implantar um regime ditatorial ou pegam o boné e saem de fininho.
A última narrativa proposta, eivada de senões políticos e jurídicos, tem a ver com a prisão de 4 militares do exército e um policial federal na operação conhecida por Kids Pretos. Aproveito o ensejo para provocar a manifestação da ministra Marina Silva e seus adeptos... pode chamar de pretos?
Desculpem a expressão, mas estão cagando e andando para a veracidade ou não das denúncias contra os militares ou um hipotético golpe de estado em 2022. O importante é atingir o ex-presidente da república, Jair Bolsonaro. Outro viés da prisão dos militares é a coincidente reunião do G20 no Brasil, que conta com vários líderes de outras nações. Mas é só coincidência!
Agora, imaginem vocês, que a imprensa militante que tem o papel de dar eco às narrativas, comete uma “gafe” que, não apenas isenta Bolsonaro, como também mostra a falta de caráter destes pseudo-profissionais do jornalismo. Leiam a manchete do O Globo:
No dia seguinte, tentaram remendar a mancada, sem, no entanto, deixar de citar Bolsonaro.
Será que os jornalistas que assinam a matéria, e até o editor, serão demitidos? Tomara que não! Precisamos deles...
Engraçado também é como essa gente da imprensa velha tem acesso a confidencialidades antes mesmo de publicadas oficialmente. Veja o caso da morte do Francisco Vanderley Luiz. Com as investigações em andamento, nas iniciais ainda, a imprensa já divulgava uma série de dados, com prioridade para o “suicídio” do Francisco. Mas também, se um ministro da mais alta corte, no dia seguinte ao evento declara publicamente sua opinião, que a imprensa se sente mais do que livre para divulgar o que quiser. Desde que seja na mesma linha da narrativa oficial - gabinete do ódio, terrorismo, fruto das redes sociais, etc.
E assim, meus amigos, caminha o Brasil. Ainda ouvirão uma frase que repercute uníssona pelo sistema há mais de 4 anos: Bolsonaro será preso! Bolsonaro será preso! Bolsonaro será preso!
Para variar, hoje, o PSOL formalizou o pedido no STF. Sempre eles, os aviõezinhos da política. Ou seriam mulas?
Alexandre Siqueira
Jornalista independente - Colunista Jornal da Cidade Online - Autor dos livros Perdeu, Mané! e Jornalismo: a um passo do abismo..., da série Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa! Visite:
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