Que momentos, que tempos!
A classe política brasileira levou o ambiente a tal ponto degradante que não é tão simples identificar quem fala verdades, quem fala mentiras.
A única verdade confiável que o brasileiro pode ter nesse momento, é o tormentoso sentimento de que o Brasil está moralmente desmoronando.
Já nem vou depositar nas costas no partido de situação ou nos ombros de seu presidente e nem mesmo no colo da sua cria as culpas, já que há, pelo jeito, tantos culpados.
Há um horizonte tão claro de que as forças ora se antagonizam, ora se associam, sempre na busca da mantença do status quo no poder, pelas mais despudoradas conveniências desses homens de mando.
Somos um Brasil que não queríamos. Nossos filhos estão testemunhando tudo o que não poderia ser, e, é! Os valores parecem ir evaporando com o fogo da conspícua degenerescência dos nossos representantes, restando apenas cinzas de homens – incontestes - brutos e desonestos.
As Instituições do que ainda podemos chamar de Nação, estão balançando dentro de uma densa névoa de desconfiança geral. Não sabemos se estão pautadas pela lei, como deve ser, ou pelos interesses nebulosos dos homens que as dirigem.
É tão difícil acreditar nesse homem desse tempo; desse tempo de raras qualidades como decoro, modéstia, honradez e probidade.
Vou deixar de lado as cores partidárias porque falo de todos, indistintamente.
As ideologias desde sempre flertaram com o absurdo, mas houve tempo em que havia homens capazes de reconhecer e respeitar os limites; hoje não há limites...fazem o diabo por uma vitória. Não foi o que prometeram? Aí está, o inferno é aqui.
O Brasil nunca teve uma chance de verdade. Seu povo parece predestinado ao logro, essa intrujice imposta por estes miseráveis que se apossam do poder e das peitas, empurram a massa trabalhadora para baixo e enriquecem-se sem nenhum remorso.
Aqueles que vieram por último, prometeram o que não tinham para entregar e entregaram o que prometeram não fazer. Canalhas!
Justo quem o povo mais respeitou e acreditou. Já sabem de quem falo. Miserável homem! Déspota do proletariado; de onde veio e contra quem roga sua tirania. Confiaram em você, homem! Por que os traiu? Justo você, abastadamente honorífico sem ter necessitado ocupar banco escolar. Viu como te reconheceram e te entregaram suas vidas em mãos? Por que os traiu? Miserável homem.
Nunca falou, viu e ouviu, e quando soube se esquivou e o homem comum voltou a fuça para chão como um ordinário escorraçado de sua vida de antes; pobre, mas feliz.
Você realmente acredita que fez algum bem para essa gente, homem miserável?
E ainda acreditam em ti. Têm esperança, têm fé. Eita! gente de fé. Vede?
Homem sem escrúpulo que, nesse tipo de roda de amigos, só atrai o que não presta porque se igualam a ti, miserável homem. És uma confusão homogênea de quaisquer coisas que atraiam todas as abjeções. Bem sabes disso. É do seu interior que brota tanta malevolência. Sórdido, não és capaz do remorso.
Como Fernando Pessoa, sinto agora:
“Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente nesse mundo?”
JM Almeida
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JM Almeida
João Maurino de Almeida Filho. Bacharel em Ciências Econômicas e Ciências Jurídicas.