Com o "complô" descoberto, causa estranheza que Lula e Moraes tenham deixado "terroristas" soltos no RJ em plena cúpula do G20
19/11/2024 às 20:00 Ler na área do assinanteQuatro dos militares de tropas especiais do exército de altíssima periculosidade, posto que articularam um golpe que começava pelo assassinato por envenenamento (!!!) de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, foram presos no Rio de Janeiro, quando a cidade estava praticamente em estado de sítio para garantir a segurança das duas dezenas de chefes-de-estado do mundo todo para a reunião de cúpula do G-20.
Fontes do governo negam que esses militares estivessem escalados para o esquema de segurança do G-20, como chegou a ser afirmado por fontes ouvidas pela Rede Record e o Vespeiro repercutiu mais cedo. Mas, de qualquer maneira, de Joe Biden a Xi Jinping - passando especialmente pelo alvo principal de toda a trama, que seria o próprio Luis Ignácio Lula da Silva - estiveram com suas vidas sob altíssimo risco desde que começou o convescote internacional.
Não foi esclarecido ha quanto tempo o governo conhecia os dados que compuseram o dossiê de mais de 200 páginas divulgado hoje, e porque decidiu apresentá-lo enquanto ainda estão no país os convidados de Lula, que obviamente foi consultado para essa decisão. Mas é certo que para compor esse dossiê e fazer todas as investigações acopladas ali relatadas, a policia de Alexandre de Moraes e toda a cúpula do governo já sabem de todos os detalhes dessa suposta conspiração há muitos meses ou, senão isso, ao menos desde muito antes de começarem as tratativas para garantir a segurança dos líderes estrangeiros em visita ao Rio.
Porque, então, a Abin, órgão de inteligência criado para combater o crime organizado e o terrorismo, Alexandre de Moraes e mesmo Lula em pessoa, permitiram que "terroristas" desse grau de periculosidade ficassem perambulando pelo Rio de Janeiro, com dezenas dos homens mais visados do mundo ao alcance de suas mãos?
Embora essa pergunta elementar não tenha sido feita por nenhum dos "apuradores" das TVs e jornais do consórcio, é absolutamente obrigatório que haja uma resposta convincente para ela e que os responsáveis por esse ato tremendamente temerário sejam devidamente punidos por sua irresponsabilidade.
Fernão Lara Mesquita. Jornalista, ex-Diretor do jornal O Estado de São Paulo.
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