Os Kids Pretos, golpes e delírios de uma narrativa autoritária

No que parece ter todos os elementos de uma delirante narrativa autoritária para provar a existência de um suposto 'golpe' praticado não pelo judiciário brasileiro, mas por forças antidemocráticas satânicas, eis que surge no cenário o grupo do exército Kids Pretos.

A PF prendeu hoje quatro militares supostamente ligados a esse grupo especial, que, segundo a narrativa, planejavam assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.

Golpe de Estado autenticado e carimbado, portanto.

O reservista general de brigada Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo B. Azevedo, o major Rafael M. Oliveira e o policial federal Wladimir M. Soares foram presos hoje pela PF, suspeitos de participarem do famigerado golpe.

Prisões autorizadas por Alexandre de Moraes.

Kid Preto é um apelido dado a militares das Operações Especiais do Exército, voluntários que passam por formação No Centro de Instrução de Operações Especiais em Niterói, Goiânia e Manaus.

O grupo tem 65 anos de existência e dele fazem parte 2,5 mil militares.

Segundo a PF, um plano para executar autoridades foi cuidadosamente preparado, o chamado 'Punhal Verde  Amarelo', que seria executado em 15 de dezembro de 2022.

Os Kids, informa o Exército, só são utilizados -em todo o território nacional- sob ordem expressa do Comando.

A imprensa de esquerda tenta colar esse carimbo em 26 participantes do governo Bolsonaro, entre eles o ajudante de ordens Mauro Cid e o general de reserva Ridauto L. Fernandes.

Ainda segundo a PF, foi esse grupo -mascarados e usando luvas- que possibilitou e incentivou a entrada de vândalos no Congresso e no STF no fatídico 8 de janeiro, abrindo as escotilhas de acesso ao teto do Congresso.

A globo, da MeM -Máquina de Espalhar Merda- do sistema, embarca de cabeça na narrativa.

Mas fica a enorme contradição: sendo assim, o que justificaria a prisão e condenação de milhares de civis inocentes, acusados do mesmo 'golpe'?

Mistérios da lógica obtusa e autoritária dos que hoje mandam neste país, mas não importa.

O que importa é 'provar' que houve 'golpe' e colocar no colo de Bolsonaro.