Casos de família: Como Janja está desestabilizando (ainda mais) o governo Lula

18/11/2024 às 14:28 Ler na área do assinante

Um print vazado de uma conversa no WhatsApp entre Luis Claudio Lula da Silva, filho do presidente Lula, e sua ex-esposa Natália Schincariol, revelou um clima de controvérsias e desavenças na família, desde a chegada de Janja, a nova esposa de Lula. 

Luis Claudio estaria desabafando com a ex-esposa, escancarando o descontentamento com a presença da primeira-dama, inclusive usando um termo ofensivo: “A puta vem junto”. 

Mas, quem é Janja? Rosangela da Silva filiou-se ainda muito nova, com 17 anos, ao Partido dos Trabalhadores, ajudando na consolidação do diretório municipal em Ponta Grossa (MT). Foi secretária da sigla e, no fim dos anos 1990, tornou-se assessora parlamentar da liderança na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). No cargo, conheceu Gleisi Hoffmann, presidente do partido desde 2017. 

Janja e Lula se encontraram em diferentes momentos esporádicos, mas o namoro engatou publicamente depois que o petista foi preso. Janja esteve na vigília em frente à Polícia Federal, em Curitiba, onde Lula esteve encarcerado por 580 dias, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. O final da história todo mundo sabe... Lula foi descondenado, a Operação Lava Jato desmontada, o petista voltou ao poder e Janja alçou o posto de primeira-dama do Brasil. 

A socióloga já chegou querendo mudar ‘tudo’, mas na prática tem provocado instabilidade, e não é só na família Lula.  “Quero nesses 4 anos [do mandato de Lula], ressignificar o papel de uma primeira-dama, quero estar mais atuante e mais próxima das causas que me são mais caras: mulheres, segurança alimentar e proteção de crianças e jovens”, afirmou Janja. Mas, na prática, o que o povo tem visto foi uma primeira-dama deslumbrada com viagens internacionais [em poucos meses, Janja e Lula viajaram mais do que Michelle e Bolsonaro em quatro anos] e gastos milionários, além de exercer um poder ao qual não tem direito. 

A rivalidade entre Gleisi Hoffmann e Janja é evidente, afinal, a presidente do PT reinava absoluta antes da chegada da nova esposa de Lula, que ocupou cada vez mais espaço no governo.  Há quem diga que Lula já escolheu seu sucessor, e não é Gleisi, nem Haddad... 

Janja sucessora de Lula?

Não é segredo que Janja tem pretensões políticas. Lula teria deixado claro que a primeira-dama teve papel determinante no 8 de janeiro, ao supostamente dissuadi-lo a não decretar uma GLO, que colocaria o Exército no comando da crise depois que manifestantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Janja poderia ser uma solução doméstica para Lula na hora de passar o bastão. 

A milícia digital de Janja 

E Janja parece estar usando muito bem as táticas da esquerda... A pesquisadora Michele Prado, da USP, denunciou uma milícia digital comandada pela primeira-dama. Ela diz que a milícia digital é real, que eles pautam a academia, o debate público, a imprensa e o governo, além de fazer "raids de assédios online e cyberbullying o tempo todo". Para a pesquisadora, quem estaria por trás desse gabinete da censura é ninguém menos do que Janja, mulher de Lula. 

Leandro Ruschel comentou:

"É preciso abrir uma CPI para investigar isso aí, a acusação é gravíssima: segundo Michele Prado, que trabalhava num grupo de pesquisa da USP de monitoramento digital, a primeira-dama comandaria um gabinete de ódio para perseguir a oposição".

Vale lembrar que Preta Gil, com quem Janja aparece na imagem, esteve envolvida no escândalo da Mynd 8, uma milícia digital que teria interferido nas eleições a favor de... Lula! 

Ciro e o ‘Janjismo’ 

Ciro Gomes, político tarimbado, ex-ministro e ex-candidato à presidência da República, fez duras críticas à primeira-dama. Segundo ele, o ‘Janjismo’ vai atrapalhar o desempenho da esquerda nas eleições municipais. 

“Pelo movimento da economia, a população vai votar contra o governo, mas pela guerra cultural e o janjismo, o governo vai perder a eleição. Não vai (só) perder 2026, vamos acompanhar as eleições municipais nas capitais brasileiras, que são uma pista nos grandes centros — analisou Ciro ao canal do Youtube "My News".

Analistas políticos ouvidos pela Revista Verdade analisaram a atuação da primeira-dama Janja da Silva. De acordo com o advogado Victor Lucchesi, ela se tornou um verdadeiro “elefante na sala” para a esquerda:

“Um ‘elefante na sala’ é uma expressão idiomática que se refere a um problema ou a uma questão evidente e importante que todos sabem que existe, mas que ninguém quer discutir ou reconhecer. A metáfora sugere que, apesar de ser algo grande e impossível de ignorar, as pessoas preferem fingir que não está lá para evitar confrontos ou desconfortos. 

Janja da Silva é estridente, deslumbrada e vaidosa. Seu estilo de vida é incompatível com a ‘pregação de humildade’ das alas mais diversas do PT: dos socialistas marxistas revolucionários aos religiosos membros da teologia da libertação, ninguém sustenta a ideia de ‘ostentação fora do normal’. O incômodo é patente, mas, por ser causado pela esposa do chefe-maior da organização vermelha, ninguém vai “fazer a desfeita” de apontá-lo ou sequer comentá-lo. Resta, portanto, o sorriso desengonçado daqueles que se sentem tranquilos para sustentar a defesa de uma chamada “personalidade solar” - como categorizou um crítico de minhas análises - da primeira-dama cujas prioridades são viagens, roupas de luxo e o domínio de cena. 

Durante tragédias de comoção nacional como a catástrofe das chuvas no Rio Grande do Sul, a esposa do presidente da República optou por demonstrar alegria ao conhecer a Índia em alto estilo. Agora, nas Olimpíadas de verão na França, toma o lugar do vice-presidente Geraldo Alckmin e representa o Brasil na delegação oficial do país - mesmo sem jamais ter sido eleita para nenhum cargo público. É função do vice-presidente, nas atribuições do seu cargo de expectativa, substituir o titular do ofício em sua ausência. Não sobrou nada para o coitado ex-tucano. 

Janja, por outra via, tem agenda cheia de glamour, utilizando um vestido luxuoso de custo superior a cinco salários mínimos enquanto as brasileiras não podem mais comprar suas blusinhas simplórias da SHEIN e Shopee sem taxação de importação. O PT sonhou com uma Michelle Obama e acordou com uma socialite de segunda categoria. Para combinar com Paris, nada melhor que a maior amante da Mise-en-sène.

Na opinião do analista político Rafael Satiê, fica claro e evidente que o objetivo do governo é fazer de Janja uma sucessora política tendo em vista que o PT nunca teve esse sucessor depois que Lula saiu do seu segundo mandato como presidente da República. 

“A própria ideia da Dilma foi uma furada, porque a Dilma não tinha um poder de articulação e o primeiro ano do governo dela foi um pouco da marola do que restou do segundo mandato do Lula. 
Essa insistência em levar Janja para a agenda oficial, isso é um ato de desespero, porque o Brasil tem um vice-presidente da República. Não sei se vocês lembram, mas o vice-presidente da República se chama Geraldo Alckmin. Onde está o Geraldo Alckmin que não participa das agendas oficiais? Ele não esteve no Rio Grande do Sul, não está em Paris, nas Olimpíadas. 
O governo brasileiro é a Janja. Isso é uma forçação de barra obviamente par tentar fazer dela uma suposta substituta do petista. Sua escolha é completamente errada, porque Janja não tem empatia com o público, nem mesmo com a esquerda. Inclusive há um problema interno dentro do PT, justamente em razão da primeira-dama se intrometer forçadamente em assuntos que não competem a ela. 
Janja está muito longe de ser uma Cristina Kirchner, embora ela tenha sido extremamente danosa para a economia argentina, e muito longe de ser uma Eva Perón, um ícone da política argentina, embora esquerdista. Janja tem que comer muito arroz com feijão, não chega aos pés dessas outras mulheres. 
Janja é uma deslumbrada, que está se aproveitando ao máximo dessa função que ela criou, de primeira-dama vice-presidente da República. O plano de fazer de Janja uma sucessora não vai dar certo, graças a Deus por isso!”, frisou Satiê. 

Para o jornalista Cândido Neto, foi-se o tempo em que primeiras-damas eram figuras decorativas, limitando-se a sorrir e acenar em eventos beneficentes:

“Pois é, meus caros, esses dias foram pelo ralo junto com nossas esperanças de um governo sensato. Janja chegou para provar que, no Brasil, até o cargo não-oficial de esposa do presidente pode virar um espetáculo digno do horário nobre da Globo.
Comecemos pelo episódio que faria Nelson Rodrigues se remexer no túmulo: a briga de Janja com o filho do presidente. Luís Cláudio, o rebento presidencial, aparentemente decidiu que era uma ótima ideia chamar a madrasta de ‘p*ta oportunista’ em uma conversa privada. Privada até vazar, claro. Freud teria um dia de campo analisando essa dinâmica familiar. A defesa do rapaz? ‘Ah, mas adulteraram a mensagem!’ Claro, porque todo mundo tem tempo para fabricar dramas familiares no Planalto, não é mesmo?
E quando pensávamos que o barraco familiar era o ápice, eis que Janja resolve brincar de ‘Quem Quer Ser Um Milionário?’ com o dinheiro público. A saga dos móveis do Alvorada é digna de um roteiro de comédia pastelão. Acusar os antecessores de surrupiar os móveis, gastar R$ 196 mil em novos itens, e depois descobrir que estava tudo lá o tempo todo? Genial! Daria um ótimo episódio de ‘Toma Lá, Dá Cá’ se não fosse tão tragicamente real.
Mas a verdadeira obra-prima de Janja é sua habilidade de transformar qualquer situação em uma oportunidade para o protagonismo. Lembram do cavalo Caramelo? Enquanto o Rio Grande do Sul literalmente afundava, nossa primeira-dama mobilizou o exército para um resgate equino cinematográfico. Quem liga para milhares de desabrigados quando se tem um cavalo no telhado, não é mesmo? Prioridades, gente, prioridades!
E não podemos esquecer sua participação estelar na novela ‘Meu Governo, Minhas Regras’. Janja não se contenta em ser apenas a esposa do presidente. Não, senhoras e senhores, ela é a ‘articuladora política’ com ‘autonomia total’. Ministros tremem, assessores suam frio, e o país assiste boquiaberto a essa redefinição criativa do papel de primeira-dama. Quem precisa de eleições quando se tem um bom casamento, não é?
Ah, e como não mencionar seus embates épicos com a imprensa? Mônica Bergamo que o diga. Aparentemente, Janja decidiu que jornalistas são os novos vilões da temporada. Quem precisa de liberdade de imprensa quando se pode ter um monólogo governamental ininterrupto...
No meio de todo esse circo, ainda temos as participações especiais de Janja em questões de alta complexidade, como economia e política externa. Porque, claramente, o que resolve a inflação e pacifica o Oriente Médio é a opinião de alguém cuja qualificação principal é ser cônjuge do presidente.
O episódio da "live na EBC" é outro que depõe contra Janja. Porque usar instalações públicas como seu estúdio pessoal é totalmente normal e ético, certo? Quem liga para separação entre o público e o privado quando se tem um país inteiro para entreter?
No final das contas, o que temos é um governo onde a primeira-dama parece mais empenhada em ser a estrela do show do que em contribuir para resolver os problemas reais do país. É como se estivéssemos assistindo a uma versão mal escrita de "House of Cards", onde o roteirista bebeu demais e decidiu que coerência é para os fracos.
Então, meus caros brasileiros, peguem sua pipoca (se a inflação permitir), sentem-se confortavelmente (se as enchentes não levaram seu sofá), e continuem assistindo ao ‘Show de Janja’. Afinal, com uma primeira-dama dessas, quem precisa se preocupar com coisas triviais como economia, educação ou saúde? O importante é manter o espetáculo. 
E enquanto o país afunda em problemas reais, Janja segue reinando absoluta em seu palácio de cristal, provando que no Brasil, a realidade sempre supera a ficção. Quem diria que em pleno século XXI, estaríamos discutindo os caprichos de uma primeira-dama como se ela fosse uma monarca não coroada?
Mas, olhando pelo lado positivo, pelo menos temos entretenimento garantido para os próximos anos. Afinal, quem precisa de Netflix quando se tem o governo brasileiro?”, completou Cândido Neto. 

Por fim, para fechar com chave de ouro sua coletânea de façanhas, Janja neste último sábado criou um sério problema diplomático para o país, ao insultar o empresário Elon Musk, homem forte do governo do presidente eleito do Estados Unidos, Donald Trump, que toma posse no próximo dia 20 de janeiro.

Veja o vídeo:

da Redação
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