A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu em flagrante nesta quinta-feira (14), em Jundiaí (SP), um hacker acusado de praticar crimes racistas, homofóbicos e extremistas, além de ameaçar autoridades públicas, como o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A prisão acontece no contexto das investigações do atentado a bomba em frente ao STF, protagonizado por Francisco Wanderley Luiz, o “Tiu França”, que se explodiu na noite de quarta-feira (13). Embora não haja, até o momento, evidências diretas ligando o hacker ao ataque, a polícia investiga possíveis conexões.
Durante a operação, foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos na residência do suspeito, incluindo computadores, celulares e pen-drives. A perícia busca evidências de seu envolvimento em crimes cibernéticos e ameaças terroristas.
A delegada Vanessa Pitrez, do Deic da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, afirmou que o suspeito integra grupos extremistas e utilizava identidades falsas para enviar mensagens ameaçadoras a diversas figuras públicas. Entre os alvos, destacam-se políticos como o senador Magno Malta, os deputados Guilherme Boulos e Talíria Petrone, além de outras autoridades.
Operação "Deus Vult"
A prisão faz parte da Operação "Deus Vult", realizada com o apoio da Polícia Civil de São Paulo. A investigação teve início após a deputada estadual Bruna Rodrigues denunciar ameaças recebidas por e-mail, contendo ofensas racistas e ameaças de violência.
Os investigadores descobriram que o hacker usava dados de terceiros para criar contas anônimas, incluindo de uma vítima que enfrentava depressão e chegou a tentar o suicídio. A análise digital e o cruzamento de informações levaram à identificação do suspeito.
Histórico e próximos passos
Desde 2022, o hacker utilizava um codinome para ameaçar instituições como o STF, Senado e o Aeroporto de Guarulhos. As investigações continuam para determinar a extensão de suas ações e se ele possui ligações com outros atos de terrorismo ou ameaças recentes.
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