Tudo o que você precisa saber sobre a estreia revolucionária da Fórmula E em São Paulo
15/11/2024 às 17:55 Ler na área do assinanteHá muito o que falar quando se fala em Fórmula E, para começar, se trata da categoria automobilística destinada aos ‘’karts supremos’’ que são os carros da Fórmula 1 em sua forma elétrica.
As inovações trazidas pela Fórmula E reverberam inclusive nas apostas em Fórmula 1, visto que são paralelas em questão de eficiência e tecnologia e são mercados pontuais para apostas online bem embasadas.
Com essa distinção, podemos esperar corridas menos intensas em relação às da Fórmula 1, visto que os carros da Fórmula E não possuem o mesmo nível de desempenho, velocidade máxima e aceleração dos carros à combustão da Fórmula 1, mas possuem mais torque segundo o próprio Lucas Di Grassi. Isso é evidenciado principalmente pelo barulho característico dos carros, um ‘’chiado’’ elétrico mais comportado junto com a resistência do ar.
O foco aqui não está necessariamente no pico da eficiência, mas na inovação e sustentabilidade que os automóveis elétricos trazem, sendo eles inclusive viáveis para competição de alto risco e performance. E é por isso que é uma grande honra para uma cidade brasileira como São Paulo ter sido escolhida para sediar esse evento, sendo reconhecido seu compromisso com a inovação e sustentabilidade.
A importância das competições esportivas para o automobilismo brasileiro
As inovações trazidas pelas competições de corrida não são necessariamente ostentações de performance por veículos completamente alheios à realidade do cidadão comum, mas um espaço para que montadoras invistam o máximo de sua tecnologia em veículos que excedem tudo o que temos disponível no mercado.
Tal como a guerra foi considerada um fator de impulso das tecnologias durante a Segunda Guerra Mundial e na Guerra Fria, especialmente nos EUA e Rússia, esse cenário extremamente competitivo impulsiona os limites da capacidade humana para que tenhamos equipamentos cada vez mais poderosos e sustentáveis. Olhando por esse ângulo, a Fórmula E se aproxima muito mais da nossa realidade do que a Fórmula 1, por exemplo.
O ano de 2024 foi decisivo para o mercado de elétricos e híbridos no Brasil, onde montadoras do mundo inteiro entraram com força nesse mercado e os consumidores saem ganhando, como também o meio ambiente. Esse crescimento tecnológico rápido se dá também por força de tais competições, acompanhar a Fórmula E é vislumbrar o futuro dos nossos carros, ruas e cidades.
Fórmula E em São Paulo, como foi?
O circuito aconteceu no sambódromo de Anhembi na cidade de São Paulo e foi marcado por novidades, podendo ser acompanhado pela Internet e também assistido na televisão. Os carros apresentados são os elétricos mais rápidos do mundo e contam com diversas novidades tecnológicas, principal destaque do evento. Os carros contam baterias enormes de alta potência, onde até 40% da energia gerada é reaproveitada pelo próprio funcionamento dos carros. A bateria é a mesma para todos os veículos, a diferença está na performance dos pilotos e desempenho dos veículos.
Fórmula E: o circuito das inovações
Diversas vantagens dos elétricos surgiram no evento inclusive promovidas por pilotos brasileiros, como a recarga de bateria ao frear, algo que pode ser muito útil no trânsito movimentado, os carros funcionarem sem troca de câmbio, apenas com pedais de aceleração e freio, além de melhorias de segurança nos carros elétricos. A potência aproximada dos carros é de 350 kilowatts, perto de 475 cavalos, e o 0 - 100 é de menos de 3 segundos.
Essa foi a rodada 4 da temporada 10 da Fórmula E, as melhores performances ficaram por conta do britânico Sam Bird e o neozelandês Mitch Evans. Quanto aos brasileiros, Di Grassi teve dificuldades e sofreu uma colisão na pista, terminando a corrida em 13°, e Sergio Sette ficou com a 16° posição.
Brasil na Fórmula E
O Brasil lembra com saudosismo seu tempo de ouro na Fórmula 1, representado por nomes como Rubinho Barrichello, Felipe Massa, Nelson Piquet e principalmente o lendário Ayrton Senna.
Lucas Di Grassi
Luccas Di Grassi é o garoto propaganda da Fórmula E deste ano, ocupando o vácuo deixado por Nelson Piquet Jr. que não participou do evento de 2024 em São Paulo. Di Grassi se destaca por ter sido campeão da Fórmula E na temporada de 2016 - 2017, também conquistou diversos pódios em sua carreira e é figuraça de liderança proeminente em suas equipes.
Sergio Setter Câmara
Setter completa o duo brasileiro junto com Di Grassi. Setter é menos experiente que Di Grassi, tendo iniciado na Fórmula E em na temporada de 2019 - 2020, apesar de ainda não ter conquistado vitórias, Setter se mostra competitivo estando em diversos pódios.
Conclusão
A fórmula E é sobre inovação e sustentabilidade, sem deixar o desempenho de lado. É sobre o quão eficientes podem ser as estradas, andando lado a lado com a sustentabilidade. Sua vinda para São Paulo coloca o Brasil na mira dessas inovações e destaca talentos nacionais no esporte, que já tem a mesma glória hoje em dia na Fórmula 1.
Pelo olhar da inovação, há muitos motivos para admirar e acompanhar as novidades trazidas pela Fórmula E para o Brasil, pois esses veículos são pioneiros das inovações que serão trazidas para o mundo automobilístico dentro e fora das pistas.