Deputada do Psol transformou uma petição pública viável em uma PEC demagógica e sem estudos de impacto financeiro

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Tudo começou com o tocantinense residente no Rio de Janeiro. Ricardo Azevedo iniciou um movimento chamado "Vida além do trabalho", que propõe mudanças na legislação trabalhista do Brasil,  em especial a escala de trabalho 6x1.

Seis dias  consecutivos de trabalho por um de folga, segundo o movimento é uma das principais causas de exaustão física e mental dos trabalhadores.

O debate parece ser viável e oportuno, com possibilidades reais de mudanças em benefício dos trabalhadores.

Diante dessa ideia, Ricardo Azevedo, hoje vereador eleito pelo Psol do RJ,  iniciou uma petição on-line instando à Câmara dos Deputados  a considerar a revisão da escala de trabalho 6x1, iniciando o debate público aberto e transparente, envolvendo representantes dos trabalhadores, empregadores e especialistas em direitos laborais, com objetivo de mudanças na CLT que promovam uma jornada de trabalho mais equilibrada, permitindo que os trabalhadores desfrutem de tempo para suas vidas pessoais e familiares.

Pegando carona nessa petição a deputada Erika Hilton propôs um Proposta de Emenda à Constituição, de forma açodada, sem sequer apresentar algum estudo de impacto econômico/financeiro, propondo uma mudança da escala de trabalho de 6x1, para quatro dias de trabalho por três dias de descanso, numa jornada semanal máxima de 36 horas, não podendo ultrapassar as 8 horas diárias de trabalho.

Desconsiderando o explícito equívoco matemático em relação ao total de horas semanais, não houve debate público suficiente para apresentação dessa PEC.

A própria Erika Hilton em recente entrevista ao jornalista Gerson Camaroti informou não ter apresentado estudos de viabilidade da respectiva PEC.

Não houve discussão do parlamento suficiente para se propor alternativas a escala de 6x1.

A escala de 4x3 na PEC em discussão foi apresentada de forma aleatória e sem os estudos de viabilidade e impactos na geração ou não de novos postos de trabalho.

Poderia ser apelidade de PEC da demagogia.

Foto de Henrique Alves da Rocha

Henrique Alves da Rocha

Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.

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