Na madrugada desta terça-feira (12), a Penitenciária do Litoral, em Guayaquil, foi palco de mais um massacre, deixando 15 mortos e 14 feridos, apesar da presença das Forças Armadas. Este é o primeiro episódio de violência extrema nas prisões equatorianas em 2024.
O Serviço Nacional de Atenção Integral (SNAI) informou que a unidade de resposta rápida Bloque de Seguridad interveio rapidamente para retomar o controle. De acordo com o SNAI, o presídio está sob “controle absoluto”.
Segundo a jornalista Karol Noroña, especializada em segurança, o ataque ocorreu no Pavilhão 3, dominado por gangues como Los Duendes, Mafia 18 e Trébol Killer. Uma das vítimas foi desmembrada, ressaltando a brutalidade do episódio.
Apesar de rumores sobre possíveis fugas, o SNAI confirmou que nenhum preso escapou.
Crise penitenciária no Equador
O sistema carcerário equatoriano vive uma grave crise, com mais de 600 mortes registradas desde 2018. Um relatório de 2022 da CIDH denunciou condições desumanas nas prisões, que incluem tortura, fome e falta de cuidados médicos.
As penitenciárias se tornaram centros de operação do crime organizado, agravando a violência. Relatórios recentes da ONU apontam violações contra detentos vulneráveis, incluindo mulheres e pessoas LGBTQIA+.
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