Elon Musk e o X: A rede que revolucionou a política americana

A vitória de Donald Trump nas eleições americanas consolidou também o poder de Elon Musk.

Ficou claro que a compra do antigo Twitter, e atual X, foi decisiva para o sucesso da campanha eleitoral.

Se antes o discurso de direita não conseguia espaço de destaque nas  plataformas de comunicação, depois de Musk os conservadores testemunharam o nascimento de uma nova realidade, sem censura e sem cancelamento, para a propagação de suas ideias.

O bilionário transformou a rede social em um espaço onde a liberdade de expressão prevalece e garantiu total acesso às narrativas de Trump e de seu partido, assim como as de Kamala. Muitas postagens suprimidas ou não veiculadas pela mídia apoiadora dos Democratas obteve visibilidade no X durante a campanha. Essa possibilidade trouxe mais equilíbrio e informação, com a disseminação de verdades e mentiras sobre ambos os lados.

Se Musk foi criticado por permitir a propagação de desinformação e discursos de ódio, seus defensores argumentam que o dono da Tesla apenas restaurou a equidade no debate público, oferecendo um espaço aberto para todas as vozes, sem os filtros ou vieses das grandes corporações de mídia. O X tornou-se um campo de batalha digital, onde fatos e teorias se confrontaram em uma disputa pela atenção dos eleitores.

Mesmo com as controvérsias, a influência de Musk e do X na campanha eleitoral de Trump foi inegável. Ao controlar uma das maiores plataformas de comunicação global, Musk se consolidou como uma figura chave não apenas na tecnologia, mas também na política mundial, moldando o cenário midiático e, consequentemente, os rumos das eleições.

A vitória de Trump, respaldada por essa nova dinâmica nas redes, levanta questões sobre o poder das plataformas digitais na definição dos caminhos políticos das nações. E também sobre a divisão do mundo em grupos estanques de informação rotulados por área de interesses, segundo algoritmos, que agravam as divisões políticas. Quanto à Elon Musk, não há dúvidas. Famoso, rico e poderoso, terá um papel de destaque na nova gestão, conforme já adiantou o próprio Trump   "Temos uma nova estrela, nasce uma estrela".