O dono da construtora Odebrecht ainda nem falou, mas o fato é que a república está em queda. Esta semana, de uma só vez, pelos menos três instituições foram envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato: Senado, Câmara e Tribunal de Contas da União foram atingidos por novas suspeitas.
Também passaram a ser investigados o ex-presidente Lula, os presidentes da Câmara e Senado, o filho do presidente do TCU, enfim, a Lava Jato está fazendo uma faxina generalizada, sem poupar ninguém.
De qualquer forma, nos próximos dias, as maiores atenções deverão estar voltadas para as ações de Eduardo Cunha, vez que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pode pedir o seu afastamento do comando da Câmara.
Por outro lado, no Tribunal de Contas da União, um órgão que em tese deveria dar o exemplo de austeridade na condução de seus trabalhos, o clima é extremamente desconfortante. O filho do presidente da corte é suspeito de tirar proveito do cargo do pai para obter vantagens.
Na semana passada, por exemplo, Tiago Cedraz , circulava sem constrangimentos pelo Tribunal de Contas da União (TCU), ao lado de um de seus clientes, o deputado Paulinho da Força (SD-SP). O rapaz, de apenas 32 anos de idade, teve ascensão meteórica, acumulando clientes, sócios, patrimônio, negócios e prestígio político, desde a chegada do pai ao cargo de ministro, em 2007. Uma fatia importante das causas de seu escritório, o Cedraz Advogados, está atrelada à pauta de processos do TCU.
Aliás, este é um problema que ronda os tribunais brasileiros de um modo geral. Filhos de ministros e desembargadores ganhando dinheiro, utilizando-se do tráfico de influência.
Cada um e cada qual, só olhando para o próprio umbigo e todos querendo se fartar em cima do sofrido povo brasileiro.
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